Pedrada

Dia Nacional do Reggae: palavra que tem som e história

A data presta uma homenagem póstuma a Bob Marley, que faleceu em 11 de maio de 1981.

Cainã Oliveira / Na Mira

Atualizada em 21/05/2024 às 12h39

Mais do que um ritmo musical, o reggae é visto como um estilo de vida. Hoje, 11 de maio, é comemorado o Dia Nacional do Reggae. A data presta uma homenagem póstuma a Bob Marley, que faleceu em 11 de maio de 1981.

O reggae teve como fundadores uma geração que além da música, buscava combater as desigualdades sociais, o racismo e o preconceito. Levando sempre mensagens de paz, amor e harmonia, sendo vista por muitos como a música mais politizada e também a mais espiritualizada do planeta.

No Maranhão não poderia ser diferente. O reggae no estado é tão difundido que interfere diretamente na fala, na maneira de ser, de vestir e também na de dançar, onde o estado se destaca mundialmente por um estilo de dança de reggae única.

 

  • Em São Luís:

Conhecida como a capital do reggae ou 'Jamaica brasileira', São Luís é um importante ponto turístico mundial. É importante notarmos que tanto São Luís, quanto Jamaica, tiveram origens étnicas semelhantes, como afirma Ademar Danilo, diretor do Museu do Reggae Maranhão: "Grande parte das pessoas que foram capturadas e trazidas a força para serem escravizadas a força saíram da África e foram levadas principalmente para o Maranhão, Pará, Cuba, Haiti e Jamaica. É importante notar isso, que as nossas raízes físicas são as mesmas!", afirmou.

 

DJ Serralheiro em atividade (Foto: Acervo do Museu do Reggae).
DJ Serralheiro em atividade (Foto: Acervo do Museu do Reggae).

É em São Luís também que o reggae fora da Jamaica conseguiu obter uma das suas maiores vitórias, o Museu do Reggae Maranhão, que é também a maior conquista do reggae no estado. A sua implantação implica diretamente em uma vitória contra o preconceito, pois era impensável há algumas décadas pensar em um espaço destinado ao reggae.

 

  • Museu do Reggae:

No museu também podem ser encontrados itens únicos do reggae maranhense, entre eles a primeira guitarra da banda Tribo de Jah, discos raros, a Radiola Voz de Ouro Canarinho, do DJ Serralheiro, DJ que faleceu com o título de DJ em atividade mais velho no Brasil, entre outros artefatos.

 

Radiola Voz de Ouro Canarinho, do DJ Serralheiro (Foto: Acervo do Museu do Reggae)
Radiola Voz de Ouro Canarinho, do DJ Serralheiro (Foto: Acervo do Museu do Reggae)

Atualmente o museu não está recebendo visitas devido a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

De acordo com Ademar Danilo, o Museu do Reggae Maranhão terá, em sua reabertura, uma ampliação em mais um andar no prédio, onde será montada uma estrutura para simular os sítios que recebem os festejos dedicados a santos no estado. "Esses festejos dedicados a santos são festejos que duram uma ou duas semanas e sempre receberam as radiolas de reggae. São esses festejos também responsáveis por difundir a cultura do reggae no Maranhão", declarou o diretor..

Além disso, haverá também um estúdio no museu para que bandas de reggae possam ensaiar e ao mesmo tempo proporcionar aos visitantes a experiência de conhecer uma banda e ver como são os seus ensaios.

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