SÃO LUÍS - Nesta sexta-feira (16), o diretor-executivo do espetáculo "O Corcunda de Notre Dame", Vinicius Dominici, e o ator e intérprete do personagem Frollo, Fernando Filho, foram os entrevistados da Mirante News FM no programa Atualidades.
Durante a entrevista, eles falaram sobre o espetáculo "O Corcunda de Notre Dame". Destacando a importância da valorização do artista e do teatro atualmente.
“A gente vive, hoje, a questão da valorização do artista. É uma coisa que a gente precisa muito. As pessoas perderam o costume de ir ao teatro, de ir ao cinema, porque tudo tem a facilidade da televisão. Então, o nosso texto é basicamente isso. O povo cigano quer mostrar também isso. Como a resistência pode causar impactos na vida das pessoas. E, como artista, a gente escreve também para mostrar essa nossa resistência. Porque a gente caminha contra a maré. A gente tem um trabalho muito árduo para levar pessoas ao teatro, para levar pessoas para experimentarem coisas que estão fora da caixinha, porque as pessoas estão muito acostumadas às informações rápidas, ao TikTok, ao Instagram. E acaba que fica de maneira superficial o que realmente importa. Então, a nossa crítica social também quer buscar isso. Quer buscar esse público que vá ao teatro e que consiga consumir teatro com mais facilidade. É isso que a gente busca também”, afirmou Vinicius Dominici.
A trama, que une humor, poesia e denúncia, acompanha Quasímodo, o sineiro recluso da Catedral de Notre Dame, em sua jornada de autodescoberta e coragem, ao lado da cigana Esmeralda. Contudo, para conseguir concretizar seu amor, ele terá antes que enfrentar o poderoso padre Frollo.
“Então, eu vou interpretar o Frollo, que é o grande vilão da história. O Frollo, ele é o padre que cria o Quasímodo, o Corcunda, na Catedral. E ele vive um grande dilema, porque ele acaba se apaixonando pela Esmeralda, que é a cigana, a protagonista da história. Então, ele fica naquele dilema, ele é um padre, ele está apaixonado pela cigana, então ele quer mascarar esse amor, através das maldades dele. Então, é um personagem que foi muito intenso de se construir. A gente está na preparação desde o começo do ano, desde janeiro. Então, construir o Frollo foi uma intensidade muito grande, porque ele é um personagem de várias camadas. E eu tenho que passar essa verdade, passar esse peso que o personagem carrega, mas está sendo uma delícia fazer essa construção. Eu amo fazer vilão, é muito gostoso fazer vilão. Esse é o segundo vilão que eu faço no teatro, mas nessa intensidade, nessa carga dramática, sim, o Frollo é o primeiro que eu faço. Ele é bem dramático mesmo, é bem dramalhão mesmo. E está sendo uma delícia fazer”, destacou Fernando Filho.
O palco do Teatro Arthur Azevedo, nos dias 17 e 18 de maio, às 19h, ganha vida com uma nova leitura do clássico de Victor Hugo.
O espetáculo do Corcunda de Notre Dame, realizado pelo Grupo Improviso, traz à cena o olhar e a força do povo cigano como narradores e protagonistas da história.
Com elementos épicos, música ao vivo e performances carregadas de crítica social e lirismo, o espetáculo destaca temas atemporais como preconceito, justiça, liberdade e resistência.
Assista a entrevista:
Ouça a entrevista:
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.