PONTO FINAL

FMRB celebra 40 anos da redemocratização brasileira

Presidente da fundação foi o entrevistado da Mirante News FM no programa Ponto Final

Mirante News FM

Atualizada em 13/03/2025 às 11h05
Kécio Rabelo, convidado da edição desta quinta-feira (13) do programa Ponto Final
Kécio Rabelo, convidado da edição desta quinta-feira (13) do programa Ponto Final (Armando Mendes/Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Durante entrevista ao programa Ponto Final desta quinta-feira (13), o presidente da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), Kécio Rabelo, comentou sobre como está o funcionamento da FMRB para celebrar os 40 anos de redemocratização brasileira.

“A fundação está funcionando muito bem na minha avaliação, porque nós retomamos a missão originária da Fundação, que é um lugar de acervo de memória, mas também um lugar de fomento às práticas culturais, às políticas culturais do Maranhão e do Brasil. Nós temos tido, durante estes dois anos, uma série de atividades que tem retomado, sempre dentro daquelas linhas de ações que foram traçadas quando a fundação se tornou uma fundação pública. Portanto, um lugar de memória, um lugar de pesquisa da história nacional, a partir das fontes primárias”, afirmou Kécio Rabelo.

Além disso, o presidente da FMRB também destacou, durante a sua entrevista, o acervo da FMRB que é dedicado ao período da Presidência da República (1985-1990), quando foi comanda por José Sarney.

“Nós temos um acervo que guarda mais de 1 milhão e 200 mil documentos, que retratam o dia-a-dia da Presidência da República, durante 1985 a 1990, conduzida pelo presidente Sarney. Esse acervo foi todo digitalizado, então hoje os pesquisadores, os empresários, eles têm acesso a esse acervo. E o que tem nesse acervo? Olha, nós temos cartas de populares, cartas das crianças ao presidente Sarney, inclusive nós estamos publicando a segunda edição de um livro com essas cartas, com algumas dessas cartas, mas tem também os planos econômicos, as agendas, os despachos, os memorandos, absolutamente tudo, narrando o dia-a-dia. Então, é uma forma de se fazer a história recorrendo às fontes primárias. Isso está lá no convento, mas também está disponível em rede para os pesquisadores que quiserem ter acesso a esse material. Temos também 5 mil itens que compõem o acervo do museu. Esses itens foram os presentes que ele [José Sarney] recebeu durante o período em que foi presidente, de chefes de Estado, de representações diplomáticas, mas também do povo brasileiro. São 5 mil itens que retratam a diversidade do Brasil, mas também do mundo”, disse.

Em 2025, o Brasil celebra 40 anos de democracia, um marco fundamental para fazer memória deste que foi o ponto de partida para o restabelecimento dos direitos humanos e liberdades fundamentais consolidados durante a presidência de José Sarney (1985-1990), maranhense que conduziu o país após 21 anos de ditadura militar.

A eleição de Tancredo Neves e José Sarney, em janeiro de 1985, redefiniu os rumos da nação, instaurou o Estado de Direito, pavimentando o caminho para a construção de uma sociedade livre, participativa e plural. Para celebrar esse legado e fomentar reflexões sobre os desafios e conquistas da democracia, a Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), sediada no Convento das Mercês, escolheu como temática anual o debate sobre os 40 anos do processo de redemocratização brasileira, período mais longevo desde a Proclamação da República, destacando a importância de preservar e valorizar os passos dados rumo à consolidação democrática.

O acervo rico e singular presente no Memorial José Sarney inclui 1 milhão de documentos que testemunham o dia a dia do então presidente, 50 mil fotografias e 800 vídeos que retratam o período pós-ditadura, além de 5 mil itens iconográficos – como medalhas, condecorações, diplomas, telas e esculturas - oferecidas por chefes de Estado de todo o mundo e pelo povo brasileiro a José Sarney, em deferência à legitimidade democrática por ele restabelecida no país e como sinal de gratidão e respeito pelo mais sublime dos presentes: a perene Democracia. Desta forma, a FMRB salvaguarda uma parte essencial da memória política do Brasil, abrigando o único acervo presidencial no Nordeste.

Na celebração dos 40 anos da redemocratização, o acervo ganha uma dimensão ainda mais simbólica, pois permite revisitar esse marco histórico, estimular debates sobre os legados da transição democrática e reforçar a importância de preservar a memória coletiva para fortalecer os valores democráticos no país.

Assista a entrevista:

Ouça a entrevista:

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