Troca de Ideia

Patrícia Vasconcelos fala da Ocupação Naná Vasconcelos

Consultora da mostra, viúva do percussionista pernambucano, Patrícia disse que a exposição traz a essência, unicidade da vida e obra do pernambucano Naná. A Mostra fica em cartaz até 27 de outubro, no Itaú Cultural, em SP.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 18/07/2024 às 09h34

Aberta nesta quarta-feira (17/7), no prédio do Itaú Cultural, na avenida Paulista, São Paulo, a Ocupação Naná Vasconcelos, uma exposição dedicada ao multiartista pernambucano. A mostra, que estará disponível até 27 de outubro, oferece uma imersão na vida e obra do percussionista, famoso por sua maestria no berimbau e pela contribuição significativa à música brasileira e internacional.

A concepção e realização da ocupação são do Itaú Cultural, com curadoria da equipe de Curadorias e Programação Artística, consultoria de Patrícia Vasconcelos, mulher de Naná, e pesquisa do jornalista Mateus Araújo. O projeto expográfico foi desenvolvido pela Casa Criatura.

Troca de Ideia

Emocionada com a Ocupação Naná Vasconcelos, Patrícia Vasconcelos conversou com o jornalista Pedro Sobrinho, no quadro Troca de Ideia, no PLUGADO NA MIRANTE FM, na noite desta quarta-feira (17/7).

Segundo Patrícia, a exposição é composta por seis eixos, organizados como uma espiral do tempo, guiados por nomes dos álbuns de Naná Vasconcelos. "Logo na entrada, os visitantes são recebidos pelo berimbau original do artista, construído por ele em 1967 com uma corda de piano afinada em Fá. Este foi o único berimbau que Naná teve e o acompanhou até sua morte em 2016, sendo exposto pela primeira vez", conta.

O berimbau original de Naná Vasconcelos está fincado no coração da Ocupação dedicada a ele no Itaú Cultural. O instrumento foi construído pelo percussionista, em 1967, com uma corda de piano afinada em Fa em substituição à tradicional. Foi o único berimbau que teve e o acompanhou até a sua morte, em 2016. Desde então, o objeto permaneceu fechado em um depósito da família, em Recife, e agora é exposto pela primeira vez.

Naná Vasconcelos e o berimbau criado por ele em 1967. E com o instrumento correu o mundo com a sua sonoridade singular. Foto: Hansvon Manteuffel
Naná Vasconcelos e o berimbau criado por ele em 1967. E com o instrumento correu o mundo com a sua sonoridade singular. Foto: Hansvon Manteuffel

"Este é o espírito da Ocupação Naná Vasconcelos, que traz a essência e unicidade da vida e obra desse multiartista brasileiro, nascido em Pernambuco em 1944", esclarece Patrícia. Localizada no térreo do Itaú Cultural, à vista logo que se entra, a mostra traz ampla seleção de fotos, vídeos, vestimentas, instrumentos e objetos originais – como uma das premiações recebidas por ele: o Grammy Latino, conquistado em 2011 pelo álbum Sinfonia e Batuques. O ambiente é totalmente musical, as cores têm tons terrosos. A mostra permanece em cartaz até 27 de outubro.

O projeto desdobra-se em uma publicação impressa – a HQ Quase dois irmãos, criada exclusivamente para esta mostra por Araújo e Diox –, que conta a história de Naná e seu melhor amigo, o berimbau. Fazem parte, ainda, recursos acessíveis; shows de Silvanny Sivuca, na quinta-feira, dia 18, Badi Assad, no dia seguinte, Anelis Asumpção no sábado – sempre às 20h – e Lan Lanh, às 19h do domingo, além de um site com conteúdo exclusivo  (itaucultural.org.br/ocupação).

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