Música Popular Maranhense e Brasileira

Mano Borges convida você para conhecer a sua página no canal do YouTube e nas rede sociais

Em entrevista à Mirante FM, o músico maranhense sugere que você conheça a página Mano Borges Oficial no Youtube e no instagram @manoborgesoficial. Lá, você encontra a produção musical e curiosidades sobre o artista.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56

Equilibrado, espirituoso, talentoso e atento. Esta é a melhor maneira para traduzir o cantor e compositor maranhense, Mano Borges. No último domingo (26/7), o músico deu o ar da graça no Plugado, na Mirante FM. Em bate-papo com o jornalista Pedro Sobrinho, o músico refletiu sobre o período de confinamento social provocado pela Pandemia do Novo Coronavírus e também saber conviver muito bem com o processo de reclusão, pois a criatividade em produzir música, em plena crise sanitária, social e econômica, funcionou perfeitamente.

Quando questionado sobre a LEI ALDIR BLANC, criada para auxiliar emergencialmente a cadeia produtiva artística brasileira, vítima deste momento difícil por qual passa o mundo, Mano disse que a lei faz jus ao artista, que nos deixou há pouco tempo, e serve como um alento provisório para técnicos, roadies, músicos, e aos artistas em geral impedidos de trabalhar.

Mano Borges convida você para acompanhá-lo e ter acesso a produção musical e curiosidades do artista no Canal YouTube, Mano Borges Oficial, e no Instagram @manoborgesoficial.

Mano Borges conversando na sala virtual do Plugado, na Mirante FM. Foto: Facebook/Divulgação
Mano Borges conversando na sala virtual do Plugado, na Mirante FM. Foto: Facebook/Divulgação

PEDRO SOBRINHO - COMO O ISOLAMENTO, O DISTANCIAMENTO SOCIAL INFLUENCIOU E TEM INFLUENCIADO NA SUA VIDA E NO SEU PROCESSO CRIATIVO MUSICAL ?

MANO BORGES - Basicamente aproveito este momento de isolamento, de silêncio para colocar em prática o meu trabalho, o meu ofício. A música precisa disso, do isolamento, talvez não o isolamento forçado. O isolamento é uma coisa natural do artista, o processo criativo depende deste momento em que o artista está a sós. Por conta da pandemia foi necessário o isolamento social que todo mundo tem vivido. Já que sempre tive foco em minha carreira aproveitei para o isolamento para potencializar e aproveitar tocando, experimentando novas músicas, fazendo pré-produção. Tenho gostado porque já estava acostumado a isso.

PEDRO SOBRINHO - EM NENHUM MOMENTO VOCÊ SE SENTIU INCOMODADO COM ESTA PANDEMIA, QUE PEGOU TODO O MUNDO DE FORMA SURPREENDENTE E COLOCOU DE JOELHOS PARA REZAR, REFLETIR SOBRE A VIDA ?

MANO BORGES: Essa questão do incômodo que a Pandemia trouxe, por mais que a gente tenha isso, naturalmente, eu já vivenciava esta quarentena, ficando mais em casa, recluso, pela necessidade do meu trabalho, requer exatamente isso. Estou focado desta forma. Ai, você divide isso com a vida, você vai pra rua, você visita os amigos, tem a questão do abraço, das pessoas, do contato direto, de estar próximo. Isso causa um certo incômodo, que se assemelha ao encarceramento mesmo. Fico imaginando outras pessoas que tem uma atividade de trabalho, de vida muito constante. Imagino que estas pessoas sentem mais do que a gente. Então, o que pra mim pode parecer natural para outras pessoas podem ser muito mais incômodo. Imagino para as crianças que tem muita energia, muita disponibilidade de poder estar se movimentando, de poder tá em atividade, acho que estes ressentem mais. Enfim, é fundamental não tem outra forma pra gente poder controlar um pouco mais a proliferação deste vírus, é só através do isolamento. Por mais que nos traga um certo incomodo é um esforço que todo mundo precisa fazer pelo bem de todos. pelo seu próprio bem e pelo bem das pessoas, de uma forma geral. Daqui a pouco, realmente, essa vacina chega e as pessoas vão ter um pouco mais tranquilidade de poder sair, poder ter sua vida de volta ao normal. Aí, fala-se muito no novo normal, como será a vida daqui pra frente. Será que virão outras pandemias ? A gente tem que tá preparado pra isso, e se adaptando. O ser humano é isso, adaptável, ele se coloca diante dos problemas e vai se transformando também junto com eles. A gente deve estar preparado. a vida já não será como antes. A gente vai o reflexo disso mais na frente e como as pessoas vão se comportar diante desta realidade.

PEDRO SOBRINHO - QUAL A RECEITA PRA CHACOALHAR O ESTRESSE E ANSIEDADE DE QUEM AINDA ESTÁ EM CASA DE QUARENTENA ?

MANO BORGES - Receita pronta não existe. Este exercício que as pessoas têm feito, naturalmente, do que vai ser uma nova vida pra elas, depende do ritmo de casa pessoa. Existem pessoas que, naturalmente, é caseiro, têm outras agitadas, tem gente que gosta de sair muito. O certo seria todo mundo se readaptar a esta nova vida. Mas, sugiro neste momento de quarentena que as pessoas façam o mínimo para manter o corpo equilibrado, com exercício físico, entretenimento para cérebro, o corpo, aí vem o livro, cinema, abrir a caixa de lembranças de coisa boas e lá revisitar este lugar pra tentar amenizar o stress que o isolamento causa. Enfim, buscar coisas que tragam alegria conforto, assim como, música, estudar coisas novas, aprender a fazer comida, aprender um idioma. É uma boa aproveitar o tempo e se dedicar com alguma coisa que deixe a mente mais leve. Sempre fazer algo prazeroso neste momento será mais fácil de atravessar a crise.

PEDRO SOBRINHO - A ARTE PRESENCIAL SOFREU E CONTINUA AGONIZANDO BASTANTE COM A PANDEMIA, ESTE CONFINAMENTO SOCIAL FORÇADO. VOCÊ ADERIU A ESSA DINÂMICA VIRTUAL, TIPO LIVES, PARA MOSTRAR O TRABALHO OU PREFERIU O SILÊNCIO NESTE MOMENTO DE CRISE SANITÁRIA E SOCIAL ?

MANO BORGES - A arte sofreu e foi uma das a primeira a se recolher diante da Pandemia e será uma das ultimas a voltar à normalidade. Agora, mesmo numa crise como essa, o brasileiro mostrou ser sempre inovador, está sempre se reinventando. Esta questão das lives provoca o momento íntimo do artista de estar próximo do seu público. É um formato novo que se abriu, uma janela nova de comunicação, que veio para ficar. É muito interessante em você perceber os momentos ímpares na vida do seu artista que você não imaginava ver anteriormente, o artista preferido na sala da casa dele batendo um papo com você e fazendo música. Fiz algumas como convidado, vejo lives de outros artistas para me preparar futuramente ter este canal como constante de comunicação falando com o público que se identifique com o meu trabalho. Então estou focado de criar este canal do youtube,aproveito para que as pessoas se inscrevam no meu canal do youtube para que gente tenha esse canal de comunicação Mano Borges oficial, no instagram @manoborgesoficial. Vá lá se identificar com as coisas que eu produzo musicalmente e se comunicar. Enfim, esses canais vieram pra ficar e facilitar a comunicação direta em qualquer lugar que você esteja.

PEDRO SOBRINHO - COM A PANDEMIA A CADEIA PRODUTIVA DE QUEM FAZ E CONTRIBUI PARA A ARTE SOFREU COM OS IMPACTOS NA ECONOMIA. SURGE AÍ, A LEI ALDIR BLANC COMO UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL. A LEI FOI APROVADA E SANCIONADA E SÃO 3 BILHÕES DE REAIS DESTINADOS AO SETOR CULTURAL COM AUXÍLIO EMERGENCIAL DE 600 REAIS. O QUE VOCÊ ACHA DA LEI ALDIR BLANC E A ESTA AJUDA AOS ARTISTAS, TÉCNICOS, ROADIES, NESTE MOMENTO INCERTO ?

MANO BORGES - O auxilio emergencial, que vem através da Lei Aldir Blanc, é bem-vindo pro setor. De alguma forma movimenta a categoria que durante o ano inteiro traz alegria as pessoas. É muita gente envolvida, são quase 5% por do PIB nacional gerando renda por meio da arte. É um segmento importante que emprega muita gente, tem muita gente que está sem exercer a profissão por conta do isolamento social causado pela Pandemia. Enfim, tudo que se pensar em torno do que você possa fazer a esta cadeia produtiva para que ela volte continuar a funcionar, cadeia formada por técnicos, roadies, músicos, será aceito. Não justifica nos dias atuais o artista vender o seu instrumento para pagar conta. Isto é danoso, o seu instrumento de trabalho em algo que você precisa com urgência para trabalhar. É uma lei que vem em boa hora e que vai tirar o aliviar um pouco o mal-estar que esta pandemia causou a quem trabalha com arte neste país Estas pessoas não podem ficar desassistidas neste momento de forma alguma. Aldir Blanc se foi a pouco tempo, mas trouxe esta graça, este alento para os artistas. Salve Aldir !

PEDRO SOBRINHO - AOS POUCOS AS COISAS VÃO SE NORMALIZANDO./ COMO ESTÁ A SUA CABEÇA, A SUA PRODUÇÃO NESTA NOVA FASE DA VIDA?

MANO BORGES - Aos poucos a gente vê a coisa tentando voltar ao normal. Estou tentando voltar ao normal. A produção ficou muito constante com esta sobra de tempo. Você fica focado se você não tem opção está saindo, dividindo a sua atenção coma com outras coisas, acaba potencializando o seu foco. Cara, aproveitei peguei muitos trechos de músicas gravadas revisitei aquilo tudo, acabei fazendo música nova a partir de outras que fui revisitar, fui buscar, como é interessante. É quase um mergulho no passado, a música é um retrato do momento, um corte do momento, daquela fase. Quando você vai buscar isso que estava guardado e trás à tona é quase um mergulho profundo no teu passado, coisas que você viveu e que você começou a falar sobre. É muito bom fazer este mergulho, fazer esta visita no tempo, de alguma forma saber que este exercício é possível.

PEDRO SOBRINHO - PENSAR O PÓS PANDEMIA AINDA É CEDO PRA VOCÊ ?

MANO BORGES - Com relação futuro não penso, não projeto para não criar muita expectativa, pra não frustrar. Estou focado no presente com algumas projeções para o futuro, mas é preciso organizar a vida. Tenho tentado fazer o exercício da imaginação de como será a vida daqui pra frente. Mas, estou aproveitando para produzir minhas músicas, fazer pré-producões. Com a facilidade da tecnologia eu gravo em casa com o músico que toca comigo que grava na casa dele. Enfim, é a tecnologia a serviço do ser humano, são ferramentas de facilitação da vida das pessoas. Em relação ao futuro que a vida continue, seja bela, o sol possa nascer todos os dias para todas pessoas, as pessoas possam voltar a vida o mais normal o mais rápido possível. A vida é isso viver a cada momento, viver cada segundo cada dia, sem projetar muito, aproveitando o que a gente tem agora.

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