Plugado

Amor e Sexo analisados em forma de música na Mirante FM

A sexóloga Roze Meire Vasconcelos explicou sobre a sexualidade em uma nova ordem comportamental, do amor e sexo como manifestação política na cama e fora dela, além dos relacionamentos que nascem pela internet.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
A sexóloga Roze Meire Vasconcelos em bate-papo com o jornalista Pedro Sobrinho. Foto: Divulgação
A sexóloga Roze Meire Vasconcelos em bate-papo com o jornalista Pedro Sobrinho. Foto: Divulgação (Divulgação)

A sexualidade está relacionada à vida, sensações, sentimentos e emoções relacionados ao prazer. Como envolve diversas dimensões humanas, é um tema muitas vezes difícil de ser tratado e, por isso, permeado de dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus. E o que será que existe em comum entre o sexo, o amor e a música ?

Os seres humanos fazem música há pelo menos 40 mil anos. Uma das teorias mais duradouras a respeito do assunto foi proposta pelo naturalista britânico Charles Darwin, que sugeriu que - assim como no caso do canto dos pássaros - o principal motivo para a música humana é o sexo. Se a música é o alimento do amor, que continue tocando.

Música e Informação

E já que o Plugado, na Mirante FM, agrega conteúdo com música (Rita Lee, Duda Beat, Pepeu Gomes, Gilberto Gil e Letrux) e informação, a edição desse domingo (28/7), resolveu problematizar sobre a subjetividade da sexualidade humana. O jornalista Pedro Sobrinho trocou ideia rápida com Roze Meire Vasconcelos, sul-matogrossense, que mora há 31 anos em Curitiba, capital paranaense, psicóloga pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Sexóloga, Terapeuta Cognitiva pelo Instituto de Terapia Cognitiva (ITC/SP), Supervisora Clínica e Professora do ITC/SP.

Ela visitou São Luís para participar do 1º Encontro Maranhense de Sexualidade e Terapia de Casal, que aconteceu, no fim de semana, no Executive Lakers, na capital maranhense. O evento foi organizado pela Anima, sob a coordenação da psicóloga, terapeuta cognitiva e neuropsicóloga Bartira Magalhães Oliveira e pela também psicóloga e coach Danielle Azoubel

Na conversa informal sobre o tema, intercalada por músicas que se referiam a sexualidade como um todo, foram feitas abordagens baseadas em três tópicos:

Sexualidade humana em uma nova ordem brasileira de conservadorismo e da TFP (Tradição Família e Propriedade)

- Está bastante delicado se discutir sobre sexualidade, até uma certa forma para nós que somos profissionais da área. Eu como sexóloga também sinto esta dificuldade, porque nós temos atualmente pessoas com várias maneiras de encarar o assunto, questões de orientação, questão de escolha. A gente tem que respeitar cada individuo, cada pessoa, na sua sexualidade, nos seus valôres. E com relação a sexualidade temos que ter cuidado na discussão do tema. Eu vejo a sexualidade, neste momento, é como tivesse ganhado uma certa liberdade, e atualmente está retomando de novo essa questão da repressão, está bastante dividido. Têm pessoas voltadas para um conservadorismo e outras lutando pelo que foi conquistado. De uma certa forma temos que entender o individuo como um todo e ver o que ele está buscando e querendo neste momento - enfatiza

Amor e sexo como como manifestação política não apenas na cama, mas também fora dela.

- Sexo é uma comunicação, uma manifestação muito íntima entre as pessoas, principalmente, as pessas que têm um vinculo, que se gostam que se amam. diferente do sexo que ocorre com os parceiros que não têm este comprometimento. Então "sexo é uma coisa, amor é outra, digamos assim; sexo é: Amor é cristão, Sexo é pagão. Amor é latifúndio, Sexo é invasão. Amor é divino. Sexo é animal. Amor é bossa nova. Sexo é carnaval. Amor é um Sexo é dois. Sexo antes. Amor depois. Amor é para sempre.Sexo também. Sexo é do bom. Amor é do bem" - explica

Limites e possibilidades, o bom e ruim, o positivo e negativo, das relações construídas pelas redes virtuais.

- Os sites de relacionamentos têm o lado bom e ruim. E não temos como fugir disso mais...Acredito que é um caminho sem volta. Antesm enquanto as pessoas saiam para se conhecer, trocar ideias, hoje entram em um site de relacionamento escolhem as pessoas com quem desejam se relacionar e marcam seus encontros. A partir daí, pode o relacionamento se concretizar ou não. Têm algumas pessoas que utilizam e acertam na escolha com tranquilidade. Têm outras que podem ter problemas. Vejo os sites, aplicativos de relacionamentos como alternativa sem volta Eles favorecem, mas é preciso cuidado para que não se torne obsessão - adverte

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