Cantora pernambucana Duda Beat no rolê de lançamento do Festival das Rendas, sábado, em São Luís
Pela primeira vez ao Maranhão, em apresentação única, Duda Beat ocupa o espaço ao lado da Batuque Brasil, na Cohama, parai apresentar aos fãs faixas maranhenses do seu álbum de estreia, intitulado "Sinto Muito".
Pra quem já está ansiosa(o) para se derreter ao vivo com as canções do "Sinto Muito", álbum de estreia, lançado em 27 de abril do ano passado, a cantora pernambucana, Duda Beat, cujo nome verdadeiro e de batismo é Eduarda Bittencourt, avisa que chega a São Luís com a banda completa reunida, para o rolê de lançamento do Festival das Rendas, neste sábado (20/7), no espaço ao lado da Batuque Brasil, na Cohama.
Pela primeira vez ao Maranhão, em apresentação única, na capital maranhense, Duda Beat assume o título de a "madrinha oficial do Festival das Rendas", marcado para o dia 7 de setembro, no município de Raposa. Será também o encontro da "rainha da sofrência indie" com a sua legião de fãs maranhenses, que tiveram acesso ao trabalho da artista em "streamings".
Elementos do Pop com Maestria
“Sinto Muito” é um disco com a produção do amigo de infância, Tomás Tróia, e uma equipe de grandes nomes da música carioca na parte técnica. O álbum teve produção adicional de Lux Ferreira e Patrick Laplan. A mixagem ficou a cargo de Diogo Strausz e Pedro Garcia, esse último que também assina a masterização.
O trabalho traz nas letras a perda e busca do amor por meio de relacionamentos fracassados, paixões procuradas, letras leves e doídas.
Faixa a Faixa: em Sinto Muito
O disco começa com “Anicca (Intro)”, que, como o próprio nome já diz, introduz “Sinto Muito” com uma ambientação sonora que mistura natureza e sintetizadores. Ela puxa logo a próxima faixa “Bédi Beat”, que já deixa claro a delícia do sotaque de Duda Beat. O som puxa características da batida brega brasileira com um conjunto de metais que sopram a melodia.
“Bixinho”, um dos primeiros singles, realça também o sotaque nordestino, principalmente pelo título ser um tratamento bem comum dessa região. Apesar de falar de desamores na canção anterior, aqui o tom é bem mais leve e doce. Isso tudo muda logo em seguida em “Pro Mundo Ouvir” – com Luiza e Camila de Alexandre -, que azeda a língua como limão. A sonoridade das duas é bem característica, destacando a batida e os elementos eletrônicos colocados em sintetizadores.
Em “Parece Pouco” o ritmo é acelerado nas palavras, mas sombrio no instrumental. Os efeitos lembram até mesmo a abertura da série “Stranger Things”, criando um ar de suspense. A música poderia até mesmo funcionar como um interlude, já que é rápida, como um rápido questionamento sobre o amor de alguém.
“Back To Bad” usa o título literal na letra: um término conturbado. “Então me jogou fora assim”, canta Duda Beat antes de entrar no refrão com palavras em inglês. O ritmo é mais lento aqui também, em todos os quesitos desta vez. “Back To Bad” é a balada do álbum.
Na gangorra que é “Sinto Muito”, em questões de relacionamentos bons e ruins, “Derretendo” mantém a pegada da antecessora – sendo inclusive mais lenta -, mas a composição diz completamente o contrário. A cantora profere aqui “estou me derretendo toda de amor, me derretendo toda por você”.
Nos dedilhados dos acordes menores de uma guitarra, “Ninguém Dança” começa. Logo depois uma batida forte mantém a cadência. As palavras são pessimistas, trazendo à tona um desânimo em relação às pessoas e relacionamentos. Em seguida, “Egoísta” começa com ambientação sombria, com os mesmos traços de sintetizador de algumas músicas anteriores, assim como a temática, que é um desabafo muito íntimo.
“Bolo de Rolo” também foi um dos singles divulgados, mais uma sobre fim de relacionamento e que reafirma a vibe de som bem anos 1980, com elementos muito presentes no disco de estreia de Duda Beat. O clipe da música representa o abandono que se torna liberdade, assim como a letra.
Para finalizar, “Todo Carinho” tem um começo digno de filme da Disney, com instrumentos de cordas e piano. A percussão também acompanha, até a cantora vocalizar sua solidão e seus sentimentos.
Sofrência em amor próprio
"Sinto Muito" é um álbum de estreia sincero e cru, muito íntimo. Todas essas características são vantagens, apesar da sonoridade não atingir tanto o que o "mainstream" demanda. Enfim, é o que menos interessa. Ela é a coroação do romantismo "indie brasileiro".
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