Reggaemen

Poesia de Celso Borges vira reggae interpretado por vários artistas maranhenses

Entre os artistas que participaram da gravação de "Now" está o Gerson da Conceição, na foto com o poeta e Otávio Rodrigues.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Celso Borges, Gerson da Conceição e Otávio Rodrigues
Celso Borges, Gerson da Conceição e Otávio Rodrigues (Divulgação)

Um dos poemas do livro, do maranhense Celso Borges, é Now, da obra Lula Livre, Lula Livro, que foi musicado por Alê Muniz e Luiz Lima, acabou virando reggae. O clipe da música deve sair breve.

Participaram da gravação os reggae stars Dicy Rocha, Santacruz, Célia Sampaio, Alê Muniz e Preto Nando (vozes), João Simas (guitarra) e Gerson da Conceição (contrabaixo), sendo a última gravação em estúdio do músico maranhense, que morreu no último dia 23 de abril. Alê Muniz assina arranjo, efeitos e direção musical.

Virada Cultural em SP

Com certeza, a música vai estar presente, assim como a homenagem a Gerson da Conceição, na Virada Cultural 2019, em São Paulo, que ocorre sábado (18/5) e domingo (19/5). Sob a chancela do "Festival BR-135", um grupo de artistas maranhenses vai agitar a Paulicéia Desvairada.

Intitulada "CRIOLINA & RADIOLA + CONVIDADOS", a intervenção vai levar 12 horas de discotecagem e intervenções à programação da rua Casper Líbero, no centro, com as presenças da dupla Criolina, do poeta Celso Borges e dos "deejays" Otávio Rodrigues, Joaquim Zion, Vanessa Serra, além da atriz Áurea Maranhão.

Leia o poema e ouça a música:

NOW

Nem uma frase reza
nem a flor da indelicadeza
mas raduan em lavoura de cólera
frida pintando nos murais de rivera:
LULA LIVRE

porque se vomitam
a brutalidade nos tribunais
pound se ergue nos cantos da jaula
munch grita paralém da ponte:
LULA LIVRE

contra as ruas em falsa festa
piva delira paranoia
lennon risca riffs na guitarra
os berros de camille
nos sanatórios explodem explodem:
LULA LIVRE

cavalos tropeçam na loucura
imaginações maquinadas
umas sobre as outras
numa torre que se levanta e desaparece

tempos de águias com dentes afiados
e crocodilos voando sobre o fígado dos pássaros

uma pomba se espatifa nos muros da história

mas
a incontrolável poesia se alastra como peste
vixe cabra da peste
umas
sobre as outras

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