SÃO LUÍS - De acordo com o II Relatório sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe, organizado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas e pelo Observatório das Liberdades Religiosas, com apoio da Representação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) no Brasil (2023), foram registrados 477 casos de intolerância religiosa em 2019, 353 casos em 2020 e 966 casos em 2021.
Esse cenário não é diferente no estado maranhense. Até a manhã desta terça-feira (23), na capital maranhense, há oito casos de intolerância religiosa sendo investigados. Dois casos, no ano de 2023, chamaram a atenção de toda a comunidade da capital. Na madrugada de 23 de julho, a imagem de Iemanjá localizada na Praia do Olho d’Água foi alvo de vandalismo e tendo o rosto desfigurado.
No dia 10 de setembro, integrantes do Terreiro de Mina do pai de santo Nery de Oxum, no bairro Itapera de Maracanã, na Grande Ilha foram hostilizados por um grupo de evangélicos, que se postaram em frente ao terreiro com um carro de som e xingamentos.
No mês de abril de 2022, a festa de Ogum, na Casa Fanti Ashanti, no bairro Cruzeiro do Anil, sofreu ataque de intolerância religiosa e teve que interromper suas atividades. Em 2021, a casa comandada por Pai Lindomar Saraiva, na Área Itaqui Bacanga, também foi alvo de ataque motivado por racismo religioso.
O secretario de Estado de Igualdade Racial (SEIR), Gerson Pinheiro, concedeu entrevista ao programa Abrindo o Verbo da Mirante AM e tratou sobre o combate à intolerância religiosa no Maranhão.
“É muito importante a gente ter esse espaço para falar sobre essa questão que vem chamando a atenção que são os crimes de racismo, intolerância religiosa e injúria racial. É bom que a gente faça esse debate”, frisou Gerson Pinheiro.
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