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Coluna Via Digital por Lucia Camargo Nunes, economista e jornalista especializada no setor automotivo.
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Seminário antecipa novas tecnologias e veículos no Brasil

Novos SUVs, picape e motores híbridos estão a caminho para serem lançados a partir de 2024.

Por Lucia Camargo Nunes*

Atualizada em 04/12/2023 às 14h55
Haval H6 é sucesso de vendas.
Haval H6 é sucesso de vendas. (Foto: GWM)

Em dois dias de evento, a AutoData realizou em São Paulo o Congresso AutoData Perspectivas 2024. Foram 19 painéis, reunindo executivos das maiores empresas do setor automotivo, entre segmento de leves, pesados, autopeças e entidades.

Os principais painéis com as montadoras trouxeram novidades importantes, que antecipam lançamentos e novas tecnologias.

A Toyota anunciou que seu novo SUV compacto entra na linha de produção em um ano. Rafael Chang, presidente para o Brasil, confirmou que terá motor híbrido flex. Há ainda estudos para viabilizar um inédito modelo PHEV, híbrido flex plug-in.

Gonzalo Ibarzábal, presidente e diretor geral da Nissan do Brasil, reforçou o compromisso de produzir a nova geração do Kicks e um mais um SUV (sem revelar o porte) em sua planta de Resende (RJ).

O projeto faz parte de um investimento de R$ 2,8 bilhões até 2025, que inclui também um motor 1.0 turbo nacional. O executivo informou, contudo, que a marca não tem planos de fabricar motorização híbrida, por enquanto.

A GWM, por sua vez, espera a nova fase do Programa Rota 2030, para anunciar um novo cronograma de sua fábrica em Iracemapólis (SP).

Uma picape híbrida é esperada para maio de 2024. A linha H6 do Haval, hoje importada da China, também é cotada. Nem um modelo 100% elétrico é descartado.

Oswaldo Ramos, CCO da GWM Brasil, reforçou que o objetivo é aumentar o padrão da marca, com modelos mais caros que os atuais, ou seja, importados acima de R$ 400 mil. “Não traremos carro popular. Estamos subindo nossa escala de produtos.”

A Mitsubishi promete para 2024 a venda no Brasil de um SUV híbrido importado, acordo com o CEO da HPE, Mauro Correia, sem revelar mais detalhes sobre o veículo.

Às vésperas de comemorar seu centenário no Brasil, em 2025, a General Motors anunciará um novo ciclo de investimentos, colocando fim aos boatos de que a marca encerraria a produção no Brasil.

Fábio Rua, vice-presidente de comunicação e relações governamentais, enfatizou, durante o evento que a GM não sairá do Brasil e que é possível que a montadora tenha carros híbridos até chegar à total eletrificação.

A Volks também estaria preparando um motor híbrido flex, informação revelada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, mas com longa espera, apenas a partir de 2027.

Carlos Kitagawa, CFO da Stellantis para a América Latina, ressaltou que as novas plataformas eletrificadas entram em produção em 2024. A partir desta plataforma serão fabricados carros híbridos flex leves, autorrecarregáveis e plug-in e até 100% elétricos. A Stellantis tem sob o grupo no Brasil as marcas Fiat, Jeep, Ram, Citroën e Peugeot.

BorgWarner se prepara para a eletrificação

Após registrar alta de 18% na produção de turbocompressores em 2023, a BorgWarner prevê um novo crescimento na produção em Itatiba (SP), com a consolidação de veículos turbo lançados em 2023 (Fiat Strada, Volkswagen Polo e Peugeot 208).

Nos próximos anos, a companhia espera que a produção local de carros híbridos movidos a etanol se concretize, já que a planta no interior de São Paulo está em processo de cotação para nacionalizar turbos para esse tipo de propulsão.

Em Piracicaba (SP), a fabricante inicia o novo ano com a produção do BMS (Battery Management Systems ou Sistema de Gerenciamento da Bateria), para atender ao mercado norte-americano.

Para 2024, a BorgWarner projeta mais crescimento no mercado de reposição, com os avanços da linha Thermal (ventiladores e embreagens viscosas) que cresceu 48% e a linha de turbos, que teve alta de 12% este ano.

Honda lança terceira geração de moto aventureira

Começa a chegar às lojas Honda nas últimas semanas de dezembro, a nova XRE 300 Sahara 2024, por a partir de R$ 27.090 em três versões.

A moto aventureira foi totalmente renovada nesta terceira geração: novo visual, novo chassi, enquanto o motor é o mesmo utilizado CB 300F Twister, com adaptações.

Trata-se do 300 cc com 25,2 cv (flex), com transmissão de 6 velocidades e embreagem com assistência deslizante, recurso que evita que a roda traseira trave em reduções fortes de marcha.

A nova Sahara substitui a Honda XRE 300 no Brasil e tem, como principal concorrente, a Yamaha XTZ 250 Lander.
 

*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br e do canal @viadigitalmotors no YouTube. Acesse: linktr.ee/viadigitalmotors E-mail: lucia@viadigital.com.br

Seminário antecipa novas tecnologias e veículos no Brasil

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