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Coluna Via Digital por Lucia Camargo Nunes, economista e jornalista especializada no setor automotivo.
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Sentra retorna para recuperar terreno

Sem o Honda Civic no páreo, sedã médio da Nissan volta em nova geração para encarar a briga com o Toyota Corolla.

Por Lucia Camargo Nunes*

Atualizada em 02/05/2023 às 23h39
Sentra Advance e Exclusive - Foto: Nissan
Sentra Advance e Exclusive - Foto: Nissan

O segmento de sedãs médios já foi um dos mais prestigiados no Brasil. Hoje, dominado pelo Corolla, e sob a sombra dos SUVs, a Nissan quer mostrar que o seu Sentra evoluiu. Não só em design, mas está mais esportivo e arrojado, além de recheado de conteúdos. Desde 2020, a Nissan não trazia seu sedã.

Sem Civic no páreo, que voltou híbrido, importado e bem mais caro, a 8ª geração do modelo, importada do México, chega em duas versões: Advance, por R$ 148.490, e Exclusive, a R$ 171.590. Se vender o que a marca espera, até 600 unidades por mês, ultrapassa o Chevrolet Cruze. Mas ainda longe do líder. Para se ter ideia, a Toyota vendeu, em média, 3.500 unidades do Corolla por mês no ano passado.

Já a partir da Advance, o Sentra oferece câmera de ré, monitoramento de pressão dos pneus, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência e detector de fadiga. Na Exclusive, traz piloto automático adaptativo (ACC), alerta de tráfego cruzado traseiro, assistente ativo de manutenção na faixa, farol alto automático, sensor de ponto cego e câmera 360 graus.

O motor é o mesmo do modelo anterior, a gasolina, 2.0 de 151 cv e câmbio CVT. O consumo pelo Inmetro é de 11 e 13,9 km/l (cidade e estrada), mas em avaliação, tiramos média acima de 15 km/l.

Caoa Hyundai apresenta 5 próximos lançamentos

Sob nova direção e após um período sem lançamentos, a Caoa Hyundai anunciou a chegada de 5 novidades da marca sul-coreana às suas lojas.

Um dos primeiros a chegar é o Hyundai Ionic HEV, que já operava no Brasil pela Caoa Locadora. Trata-se de sedã fastback com motor 1.6 a gasolina que trabalha em conjunto com outro elétrico. Destaca-se pelo consumo: o híbrido faz, segundo o Inmetro, 18,9 km/l na cidade e 18,8 km/l na estrada.

Caoa Hyundai Kona Elétrico - Foto: Via Digital
Caoa Hyundai Kona Elétrico - Foto: Via Digital

Também para este mês, a Caoa inicia a pré-venda do Tucson, produzido em Anápolis (GO). O SUV recebeu facelift e traz novo painel com multimídia de 9”. O motor 1.6 turbo foi adequado às novas normas de emissões, e faz, segundo o Inmetro, 10,6 e 12,2 km/l (cidade e estrada).

Também faz estreia o caminhãozinho HR, produzido em Anápolis (GO), tem como principal novidade a tração nas quatro rodas. Traz motor 2.5 turbodiesel e capacidade de carga de 1.789 kg.

A Caoa Hyundai ainda promete importar o Kona, em versões híbrida, para julho, e sua variante 100% elétrica para agosto, com conjunto que lhe garante 252 km de autonomia (Inmetro).

Desde o final de 2022, o grupo é comandado por Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, que também está à frente da Caoa Chery e Subaru. Em fase de reestruturação, a Caoa Hyundai conta com 33 pontos de venda e 128 oficinas de serviços.
 

Paralisações acendem o sinal amarelo

Por falta de componentes e, principalmente, crise de demanda, sete montadoras paralisaram suas fábricas nos últimos dias e colocaram funcionários em férias coletivas. Segundo o portal Automotive Business, GM, Renault, Fiat, Jeep, Hyundai, Volks e Mercedes desligaram suas linhas de montagem.

Na Hyundai serão 14 dias parada. A produção na Jeep e Fiat, em Goiana (PE), está suspensa por 18 dias, mesmo número de dias em que a GM, em São José dos Campos (SP), interrompeu atividades. Nessa mesma região, a Volks, em Taubaté (SP), desligou a produção por 10 dias e a Renault, por uma semana, no Paraná.

A Volks ainda desacelera a produção da fábrica de motores em São Carlos (SP) com férias coletivas aos funcionários do terceiro turno em abril e a fábrica de São José dos Pinhais (PR) interrompe a fabricação do T-Cross por 20 dias.

A escassez de chips se arrasta desde a pandemia, mas depois de muito que o mercado especulou, a próprias fabricantes estão admitindo que os altos juros estão freando as vendas. E não apenas dos novos, os financiamentos de usados também caíram.

A crise também chega ao mercado de caminhões, também afetada pela restrição de crédito. A Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), dará férias coletivas a 300 colaboradores, metade de sua força de trabalho, a partir de abril.

Além da falta de componentes, a Mercedes vai adequar sua produção ao volume de vendas. O segmento passou por uma alta de preços com a chegada das novas tecnologias exigidas para atender à nova norma Euro 6, legislação de emissões.

Por enquanto são suspensões temporárias. Mas é preciso ficar alerta. No mês passado, a fábrica da Peugeot e Citroën em Porto Real (RJ), extinguiu o segundo turno e 140 vagas foram cortadas.

A Scania encerrou o segundo turno de produção na planta de São Bernardo do Campo (SP), onde produz chassis de ônibus, motores e caminhões e encerrou contrato com funcionários temporários.

*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br e do canal @viadigitalmotors no YouTube. E-mail: lucia@viadigital.com.br

Sentra retorna para recuperar terreno

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