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Coluna Via Digital por Lucia Camargo Nunes, economista e jornalista especializada no setor automotivo.
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Carros fora de linha lideram entre os usados

Modelos que já não existem mais como zero-km são os mais vendidos em plataforma especializada em usados e seminovos.

Lucia Camargo Nunes*

Atualizada em 02/05/2023 às 23h39
E o segmento de usados e seminovos tem suas características próprias.
E o segmento de usados e seminovos tem suas características próprias. (Foto: Divulgação)

BRASIL - O mercado de veículos novos é importante porque movimenta o PIB industrial, mas o segmento de usados é muito mais expressivo em volume. A cada modelo zero-km vendido, 5 usados são negociados.

E o segmento de usados e seminovos tem suas características próprias. Por exemplo, no ranking dos 5 mais vendidos na plataforma OLX, só figuram carros que saíram de linha: os Volkswagen Gol e Voyage lideram, seguidos pelo Hyundai IX35, Honda WR-V e Suzuki Vitara. Em comum, nenhum deles mais têm opções zero-km nas lojas.

Usados têm queda de volume em 2022

As vendas dos usados não avançaram em 2022. Depois de uma alta valorização em 2021, tiveram queda de -12% no volume do ano que passou, de acordo com a Fenauto, federação que reúne lojistas do Brasil. A entidade registrou a venda de 13.197.958 unidades em 2022.

“Apesar do total ser um pouco menor do realizado em 2021, consideramos o resultado bom por conta das incertezas e instabilidades com guerra na Ucrânia, aumento dos juros, maior restrição ao crédito e cenário político nas eleições presidenciais” afirmou Enilson Sales, presidente da Fenauto.

A expectativa é positiva para 2023. “Esperamos que a economia volte a se equilibrar e, com isso, o mercado de veículos seminovos e usados continue a apresentar resultados positivos”, completou Sales.

Mercado se ajustou

A Fenabrave, que representa os concessionários, também anotou redução na comercialização de usados registrados pela Senatran, a Secretaria Nacional de Trânsito. Entre os veículos leves, a retração foi de -10,72%.

“O ano de 2021, em que as transações de usados estabeleceram recorde histórico, foi atípico, já que havia escassez de novos e muitos consumidores trocaram seus veículos no mercado de seminovos e usados. Entendo que, em 2022, houve um ajuste de mercado, mas ainda em um bom patamar de transações”, analisou o presidente da Fenabrave, Andreta Jr.

Chevrolet inicia a fabricação da nova Montana

A General Motors deu início à produção da nova Montana, na fábrica de São Caetano do Sul (SP). As primeiras 2 mil unidades serão destinadas aos consumidores que adquiriram a picape na pré-venda. A previsão é que chegue às concessionárias a partir de meados de fevereiro.

De acordo com a marca, seu diferencial é unir conforto e dirigibilidade de um SUV, com a robustez e a versatilidade de uma picape. Outra novidade é a caçamba Multi-Flex, projetada para funcionar como uma espécie de porta-malas gigante por trazer um sistema de vedação da capota marítima.

A Montana estará disponível em duas versões: LTZ por R$ 134.400 e Premier, a R$ 140.400.

Ano novo, preços mais altos

O ano começou com remarcações de preços em veículos Fiat, Honda, Toyota e Volkswagen.

Da marca sediada em Betim (MG), o novo Fastback já elevou duas vezes seus preços desde o lançamento em setembro. A versão Audace com motor 1.0 turbo passou a custar R$ 133.990 (alta de R$ 2.500) enquanto a Impetus, de mesmo motor, aumentou R$ 3 mil e agora sai a R$ R$ 145.490. A topo de linha Limited Edition, com motor 1.3 turbo, foi a que mais subiu: R$ 3.500. Com isso, seu preço agora é de R$ 158.490.

A Fiat também aumentou preços do compacto Argo. A versão de entrada 1.0 custa R$ 78.590, a Drive fica em R$ 81.890 enquanto a topo Trekking 1.3 está custando R$ 89.990.

Com mudanças em conteúdos na linha 2023 do Cronos, conforme a versão (são 5 no total), o sedã começa em R$ 83.890 (1.0 MT) e vai a R$ 106.790 (Precision 1.3 CVT).

A Honda também promoveu reajuste de seus modelos de entrada. O City Hatchback está R$ 2.500 mais caro, em média. A versão EXL está por R$ 123.600 enquanto a Touring sai a R$ 133.300. Do sedã, o aumento médio foi de R$ 3.200: o EX agora custa R$ 117.300; o EXL foi aumentado para R$ 125.600 e o Touring, R$ 135.600.

Com reajuste em torno de 1%, todas as 6 versões do Toyota Corolla estão mais caras. Começa em R$ 149.290 (GLi 2.0) e atinge R$ 193.690 na topo Altis Hybrid.

A Volkswagen também “canetou” seu SUV mais vendido, o T-Cross: os preços partem de R$ 116.550 na versão Sense e vão a R$ 165.990 na opção Highline.

Os valores podem variar conforme o ICMS de cada estado.

*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br. E-mail: lucia@viadigital.com.br

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