Dirigimos o novo C3: como é o compacto da Citroën
Nova plataforma, novo desenho, nova proposta. Tudo é novo no C3, até por ser o primeiro projeto de grande volume da marca francesa sob o comando da Stellantis.
Do antigo C3, o novo só herda a marca e o nome. Até conceitualmente, o compacto traz uma nova proposta. Nas ruas, chama a atenção por ser tão diferente de seu antecessor.
Sob a batuta do Grupo Stellantis, a Citroën posiciona o novo C3 como um modelo de entrada – e não mais premium. Avaliado pela Via Digital na versão Feel 1.0, custa R$ 78.990. Superior a Renault Kwid e Fiat Mobi como projeto, ele pode ser uma opção a quem prefere um compacto mais espaçoso.
O Citroën é ainda uma alternativa aos compactos Chevrolet Onix e Hyundai HB20, além de Fiat Argo e Peugeot 208.
Antes de mais nada, o novo C3 não é um SUV, algo que a própria marca fez bem de admitir. A brincadeira de “compacto com atitude de SUV” é mais honesta.
É um hatch alto, com 18 cm de altura livre, quase o mesmo de um VW T-Cross. Menor que o Onix em comprimento, empata com o Chevrolet no entreeixos. É o mais alto da categoria e o de maior porta-malas (315 l).
Motor e espaço agradam
O motor 1.0 de até 75 cv responde bem no trânsito da cidade, ajudado pelo bom ajuste do câmbio manual de 5 marchas. Pelo Inmetro, o consumo com etanol é de 9,3 km/l, mas no anda e para e com o ar-condicionado acionado da cidade, espere menos que isso.
A posição de dirigir é confortável e passa aquela sensação de estar mais alto no trânsito – seu banco fica 10 cm mais alto que um Onix, por exemplo. Atrás, o espaço entre os ombros de 3 passageiros fica limitado, enquanto para cabeça e joelhos é muito bom.
A Citroën acertou com o multimídia com tela de 10” e espelhamento com celular sem precisar de fio. Nessa versão Feel não tem câmera de ré nem sensores de estacionamento.
Para ganhar espaço, a Citroën deixou o porta-malas mais fundo, o que dificulta o acesso e incomoda ao pegar itens pesados.
Para manter um bom custo-benefício, a fabricante fez algumas economias: não há porta-revistas atrás dos bancos dianteiros nem alça de apoio e ajuste de altura dos cintos de segurança. E os comandos do vidro elétrico traseiro ficam na parte de trás do console – para atender ao mesmo tempo motorista e passageiros. Por outro lado, quem vai atrás conta com duas tomadas USB.
A Citroën só precisa deixar claro para o consumidor o novo reposicionamento da marca e melhorar os serviços e preços de peças para passar a ter confiança. Com esse pacote acertado, sua aceitação vai melhorar no mercado, o que facilitará a revenda. E o novo C3, com tantos atributos, é um bom recomeço.
Hyundai lança série especial da Copa para o HB20
Parceira oficial da Fifa para a Copa do Mundo no Qatar, a Hyundai aproveita o momento para lançar a série especial alusiva ao campeonato para as versões hatch e sedã do HB20.
Disponíveis em opções de motor 1.0 aspirado com transmissão manual e 1.0 turbo com câmbio automático, as versões têm como base o modelo Comfort com alguns adicionais. Os clientes que adquirirem o veículo também ganharão uma réplica da Al Rihla, bola oficial da Copa do Mundo.
Entre as novidades, hatch e sedã ganham na série especial faróis com projetor e DRL em LED, rodas de liga leve com pintura exclusiva em cinza, retrovisores externos na cor cinza Silk e o emblema do torneio nos para-lamas dianteiros.
Exclusivo para o hatch, foi adicionado o spoiler traseiro. No interior do veículo, painel de instrumentos digital, soleira personalizada, bancos de couro em duas cores com o logo da competição são as novidades. Duas entradas USB e sistema Bluemedia também estão presentes.
Nas versões turbo, há a partida remota pela chave e, no caso do sedã, a funcionalidade Smart Trunk, que permite a abertura do porta-malas por aproximação.
Alerta de presença no banco traseiro, volante com regulagem de altura e profundidade iluminação no porta-luvas completam os itens adicionados.
Na versão hatch, o HB20 1.0 12V Flex MT5 Copa do Mundo custa R$ 87.990 (Brasil) e R$ 90.990 (SP). A versão 1.0 12V TGDI Flex AT6 sai a R$ 105.390 (Brasil) e R$ 108.990 (SP).
Já o sedã custa R$ 93.890 (Brasil) e R$ 97.090 (SP) 1.0 aspirado e R$ 111.790 (Brasil) e R$ 115.690 (SP) na opção turbo automática.
*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br. E-mail: lucia@viadigital.com.br
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