Rio 2016

Justiça decreta prisão de boxeador namíbio acusado de tentativa de estupro

Este é o segundo caso de tentativa de estupro envolvendo boxeadores.

Vitor Abdala/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h30
Junias teria agarrado e beijado a funcionária da Vila Olímpica, quando ela arrumava o quarto do boxeador.
Junias teria agarrado e beijado a funcionária da Vila Olímpica, quando ela arrumava o quarto do boxeador. (Foto: Pedro Ugarte / AFP)

RIO DE JANEIRO - A Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta segunda-feira (8) a prisão preventiva do boxeador namíbio Jonas Junias, de 22 anos, acusado de tentar estuprar, nesse domingo (7), uma camareira na Vila Olímpica.

Junias foi preso por policiais da Delegacia de Polícia Civil do Recreio (42ª DP) e levado para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste da cidade. Na tarde desta segunda-feira (8), ele foi transferido para o Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio. A delegada Carolina Salomão da 42ª Delegacia Policial (Recreio) informou que o crime aconteceu quando a camareira limpava um quarto ao lado do que o atleta ocupava na Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca.

De acordo com a delegada, a camareira foi agarrada, mas conseguiu se desvencilhar e fugir. O boxeador teve o passaporte apreendido.

Porta-bandeira da delegação da Namíbia na cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016 na sexta-feira (5), no Maracanã, o atleta deve ficar fora da Olimpíada. Jonas Junias compete na categoria até 64 quilos e tem luta marcada para esta quinta-feira (11), contra um boxeador francês.

A juíza Rose Marie Pimentel Martins, do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça, que converteu a prisão em flagrante de Jonas Junius em prisão preventiva, aceitou a denúncia contra Jonas, que tem prazo de dez dias para apresentar defesa.

Na decisão, durante audiência de custódia, a juíza afirmou que existem provas mínimas necessárias para o recebimento da denúncia, pois, além do depoimento da vítima, há ainda o relato de uma testemunha.

Jonas Junius vai responder pelo crime previsto no Artigo 213 do Código Penal: “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”.

O Comitê Rio 2016 informou que está ciente do caso e que tem acompanhado e colaborado com as investigações.

Este é o segundo caso de tentativa de estupro envolvendo boxeadores e camareiras dentro da Vila Olímpica. Na semana passada, os policiais prenderam o boxeador marroquino Hassan Saada, também suspeito de tentar estuprar duas camareiras.

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