SANTA BÁRBARA D´OESTE - Às vésperas de dois clássicos decisivos, contra o Rio Branco, seu maior rival, pela terceira fase do Campeonato Brasileiro da Série C, o ambiente no União Barbarense parece mais um barril de pólvora prestes a explodir.
Informações desencontradas, reclamações, publicações e insatisfações sendo demonstradas de forma velada tem sido a tônica no clube neste inicio de semana de preparação para o confronto com o Tigre.
Quem mais reclama da situação é o técnico Sérgio Farias. Ao final do jogo de domingo contra a Portuguesa Santista, vitória que classificou o time barbarense, o treinador carioca criticou a diretoria da UB Ltda., empresa que gerencia o futebol do clube, que não contratou os reforços que ele pediu.
“Já estou me tornando repetitivo neste assunto sobre contratações. A empresa sabe que preciso de reforços, mas, sinceramente, não espero mais que eles venham”, lamentou Farias.
O treinador indicou alguns atletas pertencentes ao Iraty-PR, entre eles os jogadores Cláudio e Willian, que já estão treinando com o elenco, mas sequer tiveram seus contratos assinados.
“Não entendo o porque da demora. Faz duas semanas que estes atletas estão treinando, mas não vejo uma disposição da diretoria em registra-los na CBF”, disse o técnico.
Até mesmo Jorginho, o melhor homem em campo na vitória do União sobre a Portuguesa Santista, virou personagem da falta de sintonia entre comissão técnica e diretoria. Para Sérgio Farias, os méritos do bom futebol do lateral-esquerdo devem ser dados a ele, que insistiu no seu retorno após ter participado o Campeonato Paulista.
“Eu bati o pé para trazer o Jorginho de volta. No nosso último jogo no Paulistão, contra o Santos, na Vila Belmiro, ele jogou com infiltração e mesmo assim marcou muito bem o Basílio. No entanto, nem o presidente e nem o dono da empresa queriam traze-lo de volta. É lamentável, mas não sei dizer aonde esse time pode chegar com as condições que estamos enfrentando”, desabafou Farias.
O presidente da União Barbarense Ltda, Francisco Silveira Mello, não quis polemizar com o técnico Sérgio Farias, mas afirmou que pretende convocar uma reunião para discutir todos esses assuntos. Com relação aos jogadores vindos do Paraná, Mello foi enfático.
“Num primeiro momento eu fui informado que eles viriam sem custos para a empresa, mas quando chegaram aqui a história foi outra, começaram a fazer um monte de exigências. Se tivermos que gastar um centavo que seja, não há possibilidade de negócio”.
O dirigente também lamentou a reclamação pública sobre problemas internos da empresa.
“Tenha certeza, este grupo de jogadores foi competente para chegar até aqui, e continuará sendo até o final da competição. Nenhuma picuinha vai impedir nosso propósito de chegar à Série B”, finalizou.
A torcida unionista espera que o pavio deste barril de pólvora não seja aceso antes do dérbi contra o Rio Branco.
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