SÃO LUÍS – Blocos afros de São Luís apresentaram-se na Passarela do Samba, no Anel Viário, nesta terça-feira (17) gorda de Carnaval. O cortejo dos blocos encerrou os quatro dias de atrações do Carnaval de São Luís. Ao todo, 11 blocos desfilaram na avenida. A noite começou com a apresentação do Bloco Afro GDAM, que cantou o orgulho de ser negro e prestou homenagens às divindades da umbanda. Oxalá, Oxossi, Iansã, Ogum, Oxum, Exu, Xango e Iemanjá estiveram representados nas vestimentas de todos os blocos que entusiasmaram o público com o batuque vibrante dos tambores.
Em seguida, passaram pela avenida os blocos Akomabu, Juremê, Abibimã, Oficina Affro, Ominirá, Didara, Abiyêyê Maylô, Aruanda e Netos de Nanã. Os pontos de umbanda, em louvor às divindades, deram o tom do desfile. Além das saudações aos orixás, as músicas puxadas pelos ritmistas, expressavam a força da cultura negra, protestavam contra o preconceito racial e intolerância religiosa.
Fernanda Borges e Nicolas Elfvengren, casados, não se contentaram em apenas prestigiar o bloco e decidiram desfilar junto com os integrantes do bloco Akomabu. A brasileira e o dinamarquês vieram ao Brasil para passar o Carnaval. Fernanda, maranhense, disse que “diante dos acontecimentos sociais que ocupam os noticiários, é importante expressar a importância da cultura negra de uma maneira boa”, explicou. Na visão de Nicolas, o Carnaval de São Luís é único. “Adoro a alegria dos brasileiros, sair em um bloco afro é uma experiência fantástica”, exclamou.
Um dos últimos a se apresentar, o bloco afro AbiyêyêMaylô, com quatro anos de existência, saudou a rainha do mar, iemanjá, nos pontos e nos movimentos dos bailarinos que representavam a divindade. O desfile, em azul e branco, fez o público da Passarela do Samba dançar. O AbiyêyêMaylô é da comunidade da Liberdade, em São Luís, e vem do terreiro de pai Airton, fundado em 1985.
O tom da celebração à cultura negra foi dado pelas crianças que se divertiram com os movimentos e cantos dos blocos. Acompanhados dos pais, elas mostraram que o orgulho de ser negro vem desde pequeno e que as tradições precisam ser mantidas para continuarem vivas no Carnaval e durante do ano. O cantor Luís Guerreiro acredita que “a valorização da cultura negra é fundamental para a cidade de São Luís, povoada por negros, índios e brancos”, lembrou o cantor.
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