Carnaval 2014

Vampiros, Tremendões e Apaixonados são destaque no 3º dia

Dezessete blocos tradicionais do grupo A desfilaram na Passarela neste sábado.

Neto Cordeiro e Paulo de Tarso Jr./Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h57

SÃO LUÍS – Fantasias luxuosas, grandes tambores, e alegria contagiante. Os blocos tradicionais do grupo A encantaram a plateia que prestigiou o desfile na Passarela do Samba, na noite deste sábado (1°). Aliás, já era domingo (2) quando a última agremiação entrou na avenida, no Anel Viário.

Cada bloco teve quinze minutos para esbanjar todo o luxo das fantasias na Passarela. Dos Tropicais do Ritmo aos Feras, dezessete agremiações embalaram a noite com batucadas contagiantes, acompanhados por coreografias saltitantes das balizas, como são chamados os brincantes.

O choque das mãos no contratempo produzia o som vibrante, com um ritmo cadente. Carregando estes grandes tambores, os tocadores comandam a dança.

A brincadeira surgiu na década de 1950, e se tornou uma tradicão da capital maranhense. No ano passado, porém, não houve o Carnaval de Passarela em São Luís. A prefeitura anunciou que não poderia dar auxílio às agremiações por causa de problemas financeiros.

 Bloco Os Apaixonados foi um dos destaques do defiles. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)
Bloco Os Apaixonados foi um dos destaques do defiles. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)

O desfile

Os Tropicais do Ritmo abriram o desfile, seguidos do La Boêmios de Fátima. A agremiação que estava prevista para a abertura neste sábado era os Guerreiros, mas, devido ao atraso, foram desclassificados.

O terceiro bloco a se apresentar foi os Vigaristas do Ritmo, com as cores azul, branco e amarelo. Ao fim, a agremiação saiu deixando rastros de fumaça amarela na avenida. Já uma chuva de confetes anunciou a entrada do bloco Príncipe de Roma. “Vai ter chuva de confete e serpentina, que o Príncipe de Roma vai passar” dizia a letra do samba-tema da agremiação. Sob leves pingos de chuva, o bloco com 96 integrantes trouxe o tema: “O Fantástico Mundo das Cores”.

Há 32 anos participando do Carnaval da Passarela, o bloco cobriu a avenida com uma mistura de cores. A integrante Elisabete Rodrigues já desfila há 4 anos, mas ainda sente as dificuldades. “o mais difícil é enfrentar essa passarela no meio dessa multidão porque haja fôlego”, contou.

Os Brasinhas, em laranja, dourado, vermelho e amarelo, levaram 95 componentes mascarados para a avenida. Em seguida, vieram Os Apaixonados com fantasias luxuosas e ricas em detalhes. Contratempos e retintas empolgaram o público que cantou com a agremiação. Adultos e até crianças tinham o samba na ponta da língua.

E, “no esplendor do Carnaval, o amor se torna original”. Este foi o tema dos Originais do Ritmo. Com fantasias em vermelho, amarelo e branco, 80 integrantes representaram o bloco. Alguns ainda com pouca idade. As pequenas mãos já faziam os grandes tambores vibrarem na Passarela. Depois, vieram os Guardiões, com poucos integrantes vestidos em amarelo azul e branco.

 Os Tremendões levantaram o público do início ao fim de sua apresentação. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)
Os Tremendões levantaram o público do início ao fim de sua apresentação. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)

Com 28 anos de desfile, o Kambalacho do Ritmo fez uma referência à cultura africana, com detalhes refletidos na coreografia e nas fantasias nas cores amarelo, preto e branco. Da África para o bairro Camboa, entraram na avenida os Tremendões, levantando o público. A beleza do movimento das plumas brancas e batida forte do grupo encantaram quem esteve assistindo ao desfile.

A agremiação trouxe do folclore para a passarela figuras como o Saci-Pererê, o Sucupira, a Cavalacanga e o Boto Dourado. Natural, para quem teve como tema “O Guardião da Floresta Encantada”. A interpretação ficou sob o comando de Adão Camilo, Negro Jó e Tunay Moura.

Verde, amarelo, preto e branco eram as cores das fantasias pensadas por Marco Antônio Ferreira. No total, 115 integrantes com vestimentas repletas de detalhes que lembravam nossas matas.

Fundado em 1986, o bloco Os Mensageiros da Paz fez retumbarem os tambores em homenagem ao Mestre Apolônio, criador do Bumba Meu Boi da Floresta e do Tambor de Crioula do Apolônio. Com o tem: “Mestre Apolônio: mensageiro da cultura popular maranhense”, 65 integrantes passaram pela passarela com fantasias de Pedro Câmara, nas cores verde e rosa.

 Os Vampiros deram show na Passarela do Samba. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)
Os Vampiros deram show na Passarela do Samba. (Foto: Paulo de Tarso Jr./Imirante)

E, a noite, também foi dos Vampiros. “Abre alas! Vampiro chegou”, cantavam os 100 componentes que espalharam pela avenida o rosa, branco, dourado e preto das fantasias. Da arquibancada, a plateia cantou junto o samba do grupo da Cohab, que apresentou o tema “A noite dos mascarados. Encontro dos enamorados”.

Rafael Sodré é tocador do bloco. Ele esteve no comando de uma das retintas, mas para ele o mais difícil é “o peso da fantasia”, disse.

Em seguida, entraram na Passarela os Indomáveis. O bloco da Liberdade trouxe 90 componentes vestidos nas cores azul, branco e amarelo. Além de Os Fanáticos, dois gigantes fecharam a noite de desfiles: Os Foliões e os Feras.

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