SÃO LUÍS - A maratona do Bom Dia Brasil já passou por Salvador e está em São Luís do Maranhão. A folia da cidade é garantida pelos blocos de rua, com eternas marchinhas e o tradicional Tambor de Crioula. No Maranhão, a festa começa bem cedo, em dezembro.
A apresentadora do Bom Dia Brasil Renata Vasconcelos, que fez papel de repórter em sua passagem por São Luís, ficou encantada com o luxo das fantasias dos blocos tradicionais. Na abertura, lembrou a mais antiga lenda de São Luís: a da "Serpente" e destacou: "Antes que a serpente engula a Ilha de uma vez, os maranhenses procuram aproveitar e se divertir, principalmente no carnaval com ritmos que só existem por aqui".
O ano de 2007 não tinha nem começado, mas já era Carnaval. Os foliões colocaram o bloco na rua em dezembro. Tem sido assim todo fim de semana e vai ser assim até o início oficial da festa em São Luís. Nem o sol quente desanima e quando a temperatura sobe demais, moradores jogam baldes com água nos foliões.
Lá vai a multidão, subindo e descendo as ladeiras do centro histórico. Os casarões dos séculos 18 e 19 servem de cenário para o desfile que dá boas-vindas ao Rei Momo. É um espetáculo para ser visto de camarote. Lá embaixo, os protagonistas se enfeitam. Afinal, Carnaval sem fantasia, não é Carnaval de verdade!
"Estou de perua bandida!", avisa uma mulher.
"É uma homenagem a ‘mamãe eu quero’", conta um folião.
No ritmo das eternas marchinhas, os foliões fazem um pedido: abram alas porque eles querem passar.
O som aqui é outro. Pelo menos, por enquanto. É assim que se faz um Carnaval cheio de pompa e elegância, como manda o figurino dos blocos tradicionais: blusão de seda, detalhes em pedraria, chapéu de veludo, com plumas e penas de pavão. As roupas são inspiradas nos trajes usados no tempo do Império. Quem se veste assim se sente mesmo como rei e rainha.
"Eu acho que eu sou o centro das atenções, todo mundo me olhando, assistindo meu bloco passar. É maravilhoso. A melhor parte que tem é essa", afirma a costureira Dalva Rodrigues.
Este não é um samba como outro qualquer. A batida dos blocos tradicionais é mais lenta, cadenciada - de um jeito que só se ouve no Maranhão.
O som dos tambores também já foi um protesto. Era a voz dos escravos clamando liberdade. Mas com o fim da escravidão, o ritual passou a ser a expressão da alegria. Por isso, hoje o Tambor de Crioula também faz parte do Carnaval.
Assista ao vídeo do Bom Dia Brasil - BLOCOS DE RUA.
Assista ao vídeo do Bom Dia Brasil - ENCANTOS.
Confira as fotos







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