SÃO LUÍS – O primeiro dia de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial de São Paulo foi de tranquilidade. As escolas passaram pelo Anhembi sem atrasos ou imprevistos. Os enredos foram marcados por homenagens e celebração do imaginário e fantasia.
Para os críticos, não houve problemas de evolução e harmonia, e as escolas ficaram em um patamar bem próximo em termos de qualidade técnica.
As escolas que mais de destacaram foram: Rosas de Ouro, Águia de Ouro e Dragões da Real. Os grupos tiveram desfiles mais caprichados e alegorias mais impressionantes. E tem força para brigar pelo título de campeão do Carnaval 2015 de São Paulo.
Veja os destaques dos desfiles da primeira noite do Carnaval paulista:
Mancha Verde
No ano passado a escola ficou em segundo lugar no grupo de acesso e voltou à elite do Carnaval este ano, celebrando o centenário do Palmeiras, comemorado em agosto passado. A Mancha Verde relembrou os momentos e glórias do clube em cinco alegorias. O quinto era em formato de estádio: uma alusão à nova arena do clube. Além do futebol, o desfile fez menção à Itália em uma ala com fantasias de pizza e a ala das passistas, que lembrou a tarantela, tradicional música e dança.
Viviane Araújo, rainha da bateria há sete anos, brilhou na passarela ao sambando com Duda, rainha mirim, de 10 anos, e garantiu que vai continuar no posto de rainha.
Acadêmicos do Tucuruvi
A escola fez uma homenagem às marchinhas que marcaram época. O samba-enredo fez uma viagem pelos sucessos carnavalescos, misturando trechos de músicas que estão há anos na boca do povo.
A evolução do Carnaval desde os glamorosos bailes de máscaras, passando pelos blocos de rua até as atuais agremiações foi contada por meio das alegorias. O quarto carro, com uma grande figura de Carmem Miranda, foi um dos destaques. Carmem foi a cara do Carnaval brasileiro no exterior.
Tom Maior
A passarela foi marcada adrenalina. A Tom Maior mostrou as situações de tensão, pânico e emoção que fazem o coração bater mais acelerado, como o primeiro beijo, prática de esportes radicais e as reações de pânico e pavor de quem assiste a um filme terror ou se depara com uma barata.
O abre-alas recebeu camadas de tinta spray durante o desfile. O 3º carro, inspirado em personagens de filme de terror, trouxe uma escultura gigante do personagem do filme "O Exorcista", com uma cabeça girando em 360 graus. Na bateria, reinou Pâmella Gomes.
Dragões da Real
A escola fez uma viagem pelo mundo da imaginação com duendes, bruxas e outras figuras e lugares fantásticos. Na comissão de frente, uma fábrica de doces, com 28 integrantes.
Os temas futuristas, também, marcaram o desfile, como nas alas dos androides e do turista extraterrestre, com direito a nave espacial abduzindo uma vaca. A rainha da bateria Simone Sampaio foi a escolhida para o posto pela quarta vez.
Rosas de Ouro
Vice-campeã nos últimos três anos, A Rosas de Ouro fez um desfile de primeira, com fantasias luxuosas, muito brilho, luzes e alas coreografadas. Com o enredo “Depois da tempestade, o Encanto”, a escola mostrou a superação no mundo dos contos de fada em cinco alegorias e 24 alas com 3.000 integrantes no total. Ellen Roche foi, novamente, a rainha de bateria. Desde 2007 a atriz é rainha da Rosas de Ouro.
Águia de Ouro
Foi a penúltima escola a entrar na avenida homenageou o Japão e os 120 anos da imigração japonesa no Brasil. A Águia de Ouro, terceira colocada nos dois últimos carnavais, desfilou com 3.500 componentes distribuídos em 25 alas e chega com força para brigar pelo título inédito.
A apresentação foi marcada pelos ícones da cultura pop japonesa como os mangás e cosplays, a Águia de Ouro colocou até uma japonesa legítima à frente da bateria, a madrinha Miku Oguchi, que aprendeu a sambar no Japão. Os ritmistas vieram fantasiados de tocadores de taiko, o típico tambor oriental. Cinthia Santos desfilou como rainha.
Nenê de Vila Matilde
Com o dia amanhecendo, Nenê de Vila Matilde fechou a primeira noite de desfiles sem atrasos ou imprevistos no Carnaval de São Paulo. Com o enredo "Moçambique: a lendária terra do baobá sagrado", a escola se apresentou com três mil componentes em 25 alas.
No posto de rainha de bateria, estreou Ariellen Domiciano acompanhada pelos 186 ritmistas. A apresentadora Lívia Andrade desfilou como diva da bateria.
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