Açailândia

Exposição sobre os impactos do Programa Grande Carajás é apresentada na Itália

A exposição é de autoria do fotógrafo da Rede Justiça nos Trilhos de Marcelo Cruz.

Imirante Imperatriz, com informações da assessoria.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h55
(Divulgação / Assessoria )

AÇAILÂNDIA – Começou a ser apresentada, na última semana, em Milano na Itália, uma exposição fotográfica sobre os impactos do Programa Grande Carajás. Milano é conhecida como a maior capital industrial italiana, por isso é estratégica para a demonstração, por meio de fotos, da realidade da população que é afetada pelos grandes projetos de desenvolvimento no corredor de Carajás.

A exposição é de autoria do fotógrafo da Rede Justiça nos Trilhos de Marcelo Cruz, e estará aberta ao público até o dia 20 de abril em no Centro da cidade. A cerimônia de inauguração foi conduzida pelo leigo Missionário Comboniano Federico Veronesi, que apresentou ao público a situação das mais de cem comunidades impactadas pelos empreendimentos do Programa Grande Carajás.

Uma das comunidades que está representada na exposição é Piquiá de Baixo, distrito industrial de Açailândia, que tem cerca de 350 famílias e, há mais de duas décadas, sofrem com a poluição provocada por cinco siderúrgicas instaladas próximas a comunidade. A exposição também foi apresentada nas cidades italianas de Taranto, Padova, Verona e Bologna.

Marcelo Cruz explica que as fotografias expostas em Milano revelam o cotidiano de comunidades que são cortadas pela Estrada de Ferro Carajás (EFC), nos Estados do Pará e Maranhão. “É o Programa Grande Carajás visto a partir das perspectivas de homens, mulheres e crianças que tem ao lado de suas casas os trilhos de 892km, por onde passa o maior trem de minério de mundo”, disse.

O fotógrafo destaca que além dos impactos, as imagens revelam a resistência e a força do povo por moradia e saúde. “Essas fotografias são mais que apenas imagens, elas trazem um debate intenso de nível internacional sobre as atividades da extração de minério, que é levado para o exterior deixando para as comunidades, apenas os impactos sociais e ambientais”, afirmou.

Documentário

Outro trabalho de Marcelo Cruz em parceria com o leigo missionário Comboniano Marco Ratti, é um documentário que faz comparações entre os impactos e resistências em três das localidades mais poluídas por empreendimentos siderúrgicos: Piquiá de Baixo (MA), Santa Cruz (RJ) e Taranto na Itália.

O filme vai ser lançado neste mês de abril e será mais uma ferramenta de denúncia contra a violação dos direitos das pessoas que vivem nessas comunidades.

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