Escândalo no futebol

Árbitro de Viana e Chapadinha se diz tranquilo: ‘Nada anormal’

Cahê Mota, Globoesporte.com

Atualizada em 27/03/2022 às 13h07

SÃO LUÍS - Quatro pênaltis em um jogo, 11 gols no outro, e tudo normal para o chefe da comissão de arbitragem da Federação Maranhense de Futebol. Os resultados da última rodada da Série B do Campeonato Estadual repercutiram no mundo inteiro pela forma que foram construídos, mas os responsáveis pela condução das partidas garantem: tudo aconteceu de forma natural.

Lucas Lindoso, chefe da comissão de arbitragem, isentou o árbitro Edílson Santiago Cardoso de culpa pelos 11 a 0 do Viana sobre o Chapadinha. Apesar da passividade diante da velocidade dos nove gols marcados nos nove minutos finais, o dirigente garante que nada poderia ser feito.

- A arbitragem foi normal. Se pegarmos as fitas, foi tudo tranquilo. Agora, a possível armação foi acertada entre as equipes, se é que aconteceu. Dentro das quatro linhas, a regra foi aplicada. Ninguém praticou o antijogo nem teve conduta violenta. Nos 11 a 0 todos os gols foram legais. Mas é possível perceber que os jogadores entregam a bola deliberadamente. Até 4 a 0 eles estavam jogando bola. Ficou difícil. Se fosse desde o início caberia intervenção, mas foi bem no finzinho. Foi tudo muito rápido.

Para reforçar a integridade do quarteto de arbitragem, Lindoso até revelou um fato curioso: a existência de mais um gol, anulado pelo atacante do Viana estar em posição de impedimento.

- Inclusive, teve um 12º gol, que foi anulado. Causou até confusão.

Procurado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, Edílson Cardoso não foi encontrado. Entretanto, em entrevista à Rádio Mirante, de São Luís, o árbitro se mostrou tranquilo diante dos fatos.

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- Não teve nada anormal. Não vi nada de antijogo, apenas futebol.

A facilidade com que o Viana superou o Chapadinha, porém, está longe de ser a única polêmica no Campeonato Maranhense. Em termos de arbitragem, por sinal, o foco está no jogo entre Moto Club 5 x 1 Santa Quitéria. Na partida, quatro pênaltis foram marcados, o que, de acordo com os jogadores do Chapadinha, causou revolta e gerou o “protesto” inusitado.

Três penalidades máximas foram assinaladas a favor do time da casa, aos 42 do primeiro tempo, aos 36 e 45 do segundo, este último desperdiçado. Já o Santa Quitéria teve um pênalti a seu favor aos 33 da segunda etapa.

Para Lucas Lindoso, mais uma vez, o árbitro não teve influência direta no episódio. O dirigente, no entanto, confessa que algo estava fora do normal no ato das infrações.

- Foram todos pênaltis normais. Sempre mando observadores para os jogos. Foram todos pênaltis corretos. Mas também dá para ver que alguns foram cometidos de forma premeditada. A arbitragem cumpriu o seu papel.

O árbitro Robson Martins Ferreira, que faz parte do quadro da CBF, também se pronunciou e se mostrou surpreso com os questionamentos sobre a partida.

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