Homicídio

Policial militar suspeito de matar médico é ouvido na DHPP

Adonias Sadda pode responder por homicídio duplamente qualificado; vítima foi morta a tiros em casa de eventos, na área central de Imperatriz; policial está preso por ordem judicial no quartel daquela cidade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Adonias Sadda foi preso na noite de terça-feira (27), em Imperatriz e prestou depoimento ontem (Adonias Sadda)

Maranhão - O soldado Adonias Sadda foi ouvido ontem, na sede da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoas (DHPP) de Imperatriz e, de acordo com a polícia, ele pode ser indiciado pelo crime de homicídio duplamente qualificado. O PM foi preso no começo da noite do último dia 27, naquela cidade, em cumprimento de ordem judicial, suspeito de ter assassinado a tiros o médico Bruno Calaça Barbosa, de 24 anos. O crime ocorreu na segunda-feira (26), dentro de uma casa de eventos.

O soldado foi levado ao DHPP pelos colegas de farda na manhã desta quarta-feira (28), onde prestou esclarecimentos para o delegado Praxísteles Martins. Após ser ouvido, ele retornou ao 3º Batalhão da Polícia Militar, em Imperatriz, mas existe a possibilidade de ser transferido no decorrer desta semana para o presídio militar, na capital. Adonias Sadda disse para a polícia que o tiro que atingiu o médico foi acidental e a vítima o teria chutado com o objetivo de desarmá-lo.

O delegado Praxísteles Martins afirmou em entrevista à TV Mirante que o soldado está preso de forma temporária por um período de 30 dias, mas ela pode ser convertida em preventiva, de acordo com o andamento da investigação. Adonias foi localizado pelo Serviço de Inteligência do 14º Batalhão da Polícia Militar no início da noite do último dia 27 na residência de um advogado, no bairro São José do Egito, em Imperatriz e levado para o quartel da PM.

Investigação
Praxísteles Martins informou que a polícia está investigando a real motivação do crime. Este assassinato foi filmado e postado em redes sociais. As imagens mostram que o médico discutiu com duas pessoas. Logo após, essas pessoas se aproximaram do policial militar. Minutos depois, Adonias efetuou um tiro no peito do médico, que morreu no local.

O delegado também contou que ainda ontem, pelo menos oito testemunhas foram ouvidas na DHPP. Uma delas foi o proprietário da casa de eventos. No dia do crime, guarnições da Polícia Militar foram duas vezes ao local para encerrar a festa, mas as câmeras de vigilância da casa mostram que o evento continuou, sem a autorização da polícia. “Após as ocorrências das oitivas das testemunhas e do resultado dos exames periciais, a polícia vai encaminhar o inquérito para o Poder Judiciário e ao Ministério Público”, frisou Praxísteles Martins.

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O comandante da Polícia Militar, coronel Pedro Ribeiro, declarou que já foi aberto um procedimento administrativo contra o soldado na Corregedoria Militar e ele pode ser expulso da corporação. “Um crime covarde e praticado por quem deveria dar segurança. Não podemos passar a mão na cabeça de uma pessoa que teve sua conduta desviada”, frisou o coronel.

O corpo do médico estava, até a manhã de terça-feira, 27, no Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz e o sepultamento ocorreu no período da tarde em um cemitério, de Porto Nacional, no estado do Tocantins onde residem os familiares da vítima.

Outra prisão
A polícia também prendeu no último dia 27 mais um policial militar, de nome não revelado, na Grande Ilha. Segundo a polícia, ele é suspeito de crime de milícia e ter assassinado o bicheiro Bruno Vinícius Nazom Moraes Borges, de 31 anos. A vítima foi morta a tiros no dia 12 de fevereiro deste ano, na frente de seus familiares, em um bar na Avenida Litorânea.

Ainda de acordo com a polícia, mais dois envolvidos foram presos em cumprimento de ordem judicial, no dia 17 do mês passado e este crime teria sido motivado por rivalidade de bancas de jogo do bicho e de apostas.

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