Maranhão supera a triste marca de 9 mil mortes por Covid-19

São Luís - O Maranhão supera a triste marca de 9 mil óbitos por Covid-19. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram que, até a noite do último dia 29, havia o registro de 9.023 mortes em razão de complicações do novo coronavírus em todo o estado e um total de 31.978 casos ativos.

Uma das vítimas recentes foi o indiano Rajan Parakottil, de 54 anos. Ele morreu no último dia 26, após 40 dias internado em um hospital particular, na capital. O estrangeiro contraiu a variante Delta, cepa indiana, quando estava a abordo do navio MV Shandong DA Zhi, e deu entrada no hospital no dia 14 de maio.

Em 22 de maio, ele foi entubado, após piora em seu estado de saúde, e no dia 26 de junho, não resistiu e faleceu. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, com regras rígidas, o translado do corpo do indiano, e o navio somente atracou na área portuária da capital, na segunda-feira, 28, após ser submetido a uma fiscalização sanitária e os tripulantes atestarem negativo para Covid-19.

Primeiro caso
O primeiro óbito por Covid-19, no Maranhão, ocorreu no dia 29 de março do ano passado. O secretário estadual de Saúde, Carlos Lula, disse que a vítima tinha 49 anos, era de São Luís, tinha histórico médico de hipertensão e estava internado em um hospital da capital maranhense. Neste dia, em todo o estado havia o número de 1.925 casos suspeitos dessa enfermidade.

Também no ano passado, no dia 18 de maio, o padre José Bráulio Sousa Ayres, de 66 anos, morreu em consequências das complicações do novo coronavírus. O religioso era natural de Penalva, 38 anos de sacerdócio, chegou a atuar no santuário de São José de Ribamar e estava sendo pároco da Igreja Santíssima Trindade, no bairro da Cidade Olímpica. Ele foi infectado pela Covid-10 e chegou a ficar internado por mais de um mês em hospital particular, em São Luís.

A universitária Luana Gurgel, de 24 anos, foi outra paciente de Covid-19 que morreu, na cidade de Imperatriz. Ela faleceu após dar à luz ao seu primeiro filho, no dia 27 de fevereiro deste ano. Após sentir os primeiros sintomas, a universitária chegou a ir duas vezes ao hospital e realizou o teste, mas, deu negativo para o novo coronavírus. Somente depois do segundo teste, veio a confirmação e o estado de saúde dela tinha se agravado. Ela precisou a fazer uma cesárea de emergência e, após o nascimento da criança, veio a falecer.

Transmissão comunitária
A Fiocruz afirma que o Maranhão continua apresentando uma taxa de incidência do novo coronavírus de 7,3, sendo considerado muito alta, e o registro é de 31.978 infectados pela doença. O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz apresenta os níveis observados para as macrorregiões de saúde, de acordo com níveis alinhados com recomendações do Center For Disease Control (CDC) dos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, os níveis “Epidêmico”, “Alta”, “Muito Alta” e “Extremamente Alta” são indicativos de transmissão de vírus respiratórios, levando a casos de pacientes que atualmente são predominantemente acometidos por infecção por Sars-CoV-2, o novo coronavírus.

Os pesquisadores do boletim alertam que, para permitir uma redução significativa, é necessário que haja uma série de esforços integrados na vigilância e na atenção, visando manter políticas de contenção da transmissão e intensificação da vacinação.

Como sendo uma das formas de evitar a proliferação da Covid-19, o governador do Maranhão, Flávio Dino, prorrogou as medidas sanitárias até o dia 5 de julho em todo o estado. Somente estão permitidos eventos com a 100 pessoas, até 23h; a administração pública estadual e igrejas funciona m com 50% da sua capacidade, Na Grande Ilha, os supermercados, academias, salão de beleza, bares e restaurantes funcionam com 50% de capacidade. O comércio e a indústria funcionam das 9h às 21h, enquanto, os bares e restaurante, até 23h; e o grupo de risco vacinado pode retornar ao trabalho, exceto, as gestantes.

NÚMERO

9.023 óbitos no Maranhão em decorrência da covid, até o dia 28

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