Sem serviço

Obra de prolongamento da Av. Litorânea está paralisada

Serviço faz parte do projeto BRT e vai servir para interligar os quatro municípios que compõem a Grande Ilha; sem continuidade na obra, poeira invade bares e casas da região

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Sem obra, restam poeira e reclamações no prolongamento da Av. Litorânea (prolongamento Litorânea)

São Luís - A obra de extensão da Avenida Litorânea está paralisada e a poeira invade bares e imóveis na orla. O serviço faz parte do projeto BRT (abreviação em inglês de Transporte Rápido por Ônibus), que começou na MA-203, Avenida dos Holandeses, no ano de 2018, e se estende até o bairro Calhau, com previsão para conclusão no mês de dezembro deste ano.

No local há montes de barro com pedras, muita poeira, bueiros sem tapa, resto de material de construção espalhado, inclusive pedaços de ferro, porém não há presença de nenhum operário. As máquinas, que deveriam estar na obra em operação, estão paradas em um galpão, localizado na beira da praia do Olho d’Água.

Ontem havia apenas um caminhão-pipa molhando a área da obra. As placas de sinalização da obra continuam no local. Vários imóveis localizados nas proximidades permanecem de portas e janelas fechadas, outras têm placas de venda ou aluguel. Ainda é possível observar que o muro de contenção, o assentamento dos tubos, que vão receber a água pluvial, e os pilares das pontes na foz dos rios Claro e Pimenta já foram finalizados.

Jamerson Jean Silva, de 31 anos, trabalha em um bar da praia do Caolho, e disse que não percebe a presença de trabalhadores na obra há semanas, e as máquinas desapareceram. Apenas o caminhão-pipa que circula molhando a via, mas não diariamente.

Ele ainda comentou que a poeira da obra parada invade os bares, o que está afastando clientes. “Estou limpando a todo instante o congelador e as mesas, por causa da poeira. O cliente chega ao bar e encontra tudo sujo, então vai logo embora. A gente que acaba perdendo clientes e dinheiro”, reclamou Jamerson Silva.

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As paredes de vários imóveis, localizados nas proximidades da obra, estão sujos de poeira. Uma das moradoras, Fátima Sousa, de 45 anos, disse que sua residência está sendo tomada por uma terra preta e isso está ocasionando doenças respiratórias nas crianças. “Tenho dois filhos pequenos e ficaram gripados devido essa poeira”, disse a moradora.

Serviço
A extensão da Avenida Litorânea e a requalificação da Avenida dos Holandeses servirão para a implantação de um novo modelo de transporte público e vai interligar os municípios de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar, com o BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus) e vai diminuir o tempo de percurso entre os municípios que compõem a Grande Ilha, em até 40 minutos.

A obra compreende dois lotes. O lote 1 abrange o prolongamento da Avenida Litorânea em 1.800 metros, requalificação da Avenida São Carlos, Requalificação da Avenida Litorânea da Foz do Rio Pimenta à Foz do Rio Calhau e a Requalificação da Avenida Colares Moreira até a Rotatória do Calhau.

O lote 2 corresponde à requalificação da Avenida dos Holandeses e a rua Búzios. Com 13,5 quilômetros de intervenção, inicia na Avenida Atlântica, no Araçagi e finaliza na Rotatória do Calhau. Ao final da obra, o fluxo de trânsito vai permanecer em sentido duplo, com duas faixas em cada via e no centro da faixa o BRT. O projeto prevê ainda soluções inteligentes para todas as rotatórias que existem ao longo da avenida.. A previsão de entrega do BRT é dezembro de 2020.

O Estado entrou ontem em contato com assessoria de comunicação do Governo para saber informações sobre a paralisação da obra, inclusive sobre o valor do serviço, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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