[e-s001]Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira, 19, de mapeamento de aglomerados subnormais, também conhecidos como favelas, foram identificadas 221 comunidades dentro do estado do Maranhão. A Grande São Luís - composta pelos municípios de São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar - abarca o maior número de invasões em todo o estado, 178 no total, somando 137.318 residências aglomeradas em toda área metropolitana. A capital maranhense está em 5º lugar no ranking nacional de cidades com aglomerados subnormais. A região contém o maior número de casos da Covid-19 do Maranhão. Até o dia 19 de maio, foram 7.361 registros confirmados.
As informações foram anunciadas visando auxiliar no combate à Covid-19, tendo em vista que uma das principais orientações da Organização Mundial da Saúde é evitar aglomerações. Muitas vezes isso se torna impossível dentro das comunidades pois as residências foram construídas de forma irregular, em terrenos invadidos, sem acesso a serviços públicos básicos e muito próximas umas das outras, ou seja, aglomeradas. Até o momento, apenas o Coroadinho já possuí 62 casos do novo coronavírus confirmados.
[e-s001]O IBGE considera aglomerados subnormais ocupações irregulares de terrenos públicos ou privados em áreas urbanas e, em geral, caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação.
Uma dessas comunidades, o Coroadinho, localizado no município de São Luís, está em décimo lugar no ranking de números de domicílios localizados em aglomerações subnormais (14.243). A primeira da lista é a favela da Rocinha (25.742) no Rio de Janeiro.
O Estado entrou em contado com o Governo do Estado do Maranhão para saber se há medidas específicas de prevenção voltadas a essas áreas, porém não houve resposta até o fechamento desta edição.
Outros perigos de contaminação
Além das aglomerações nessas comunidades, o risco de contaminação aumenta devido às condições do lugar e falta de serviços básicos, como saneamento, tratamento de esgoto e água encanada.
Em pesquisa realizada pela Fiocruz para mapear casos da Covid-19, foi identificada a presença do vírus em esgotos, o que se torna um perigo para áreas em que não há tratamento adequado.
A higienização correta também é um fator pontual para evitar a contaminação. Contudo, ela deve ser feita com água encanada e corrente. A infectologista Maria dos Remédios Castelo Branco explicou através de vídeo em seu site que para a higienização adequada das mãos é importante o uso de água corrente, pois há perigo da contaminação daquela que está em um recipiente. Ao fazer a coleta da água dentro de baldes e outros recipientes há a contaminação daquela água que permanece no local.
Em relatório divulgado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) em 2018, o Maranhão ocupava o 27º lugar no ranking de saneamento básico, e estava na faixa de 10% a 20% de distribuição dos níveis de atendimento urbano por rede coletora de esgotos.
Comunidades | Casos de Covi-19 |
---|---|
Coroadinho | 62 casos |
Cidade Olímpica | 36 casos |
Alemanha | 32 casos |
Jardim Tropical | 25 casos |
Coroado | 20 casos |
Sá Viana | 19 casos |
Camboa | 12 casos |
Tibiri | 12 casos |
Vila Bacanga | 12 casos |
Vila Brasil | 12 casos |
Jaracaty | 10 caso |
Município | Porcentagem |
---|---|
Raposa | 37,35% |
São Luís | 32,42% |
São José de Ribamar | 32,25% |
Paço do Lumiar | 25,97% |
Turilândia | 5,07% |
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