Esgotadas passagens para veículos em ferry-boats

Com a aproximação do Carnaval, o movimento de pessoas para sair da Região Metropolitana de São Luís em direção à Baixada Maranhense se torna intenso. Somente nessa sexta-feira, 21, e sábado, 22, a expectativa era de que 28 mil passageiros viajassem para o Terminal do Cujupe, em Alcântara/MA. O fluxo está tão grande que as passagens para veículos já foram esgotadas, segundo a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap).

Durante essa sexta-feira, 21, mais de 1.500 veículos passaram pelo Terminal da Ponta da Espera, na área Itaqui-Bacanga, em São Luís. Por conta da demanda, as passagens encerraram rapidamente, dentro de um limite de vagas, pois não seriam disponibilizados ferry-boats extras. De acordo com Glauco Vaz, gerente de Terminais Externos da Emap, o movimento de pessoas no local estava dentro do esperado para essa época do ano.

Glauco Vaz explicou que, para neste sábado, pelo menos 17 mil passageiros passariam pelo terminal para se divertirem na Baixada no Carnaval. “Importante dizer que somente as passagens para veículos foram esgotadas. Para pessoas, sempre há disponíveis. Basta chegar e comprar. Sempre acontece dessa forma para quem chega aqui com o intuito de comprar uma passagem em direção ao Terminal do Cujupe”, declarou o gerente de Terminais Externos da Emap.

Segundo o gerente, geralmente, quem viaja nos ferry-boats, no período carnavalesco, retorna à capital maranhense na terça-feira, 25, mas o processo é paulatino. Começa com 5 mil pessoas e 1 mil veículos. Já na quarta-feira, 26, a expectativa é da volta de 14 mil passageiros e 2 mil veículos. “Já na quinta-feira, 27, a estimativa é de 7 mil pessoas e aproximadamente 1.100 veículos. É o que se espera para essa época, como ocorre anualmente”, esclareceu Glauco Vaz.

O funcionário da Empresa Maranhense de Administração Portuária disse que o Carnaval é o momento do ano com mais saída de pessoas de São Luís para o interior maranhense. Na Semana da Pátria, que acontece em setembro, o fluxo também é grande, mas não supera o movimento do outro período.

Expectativa de festa
Muitas pessoas preferem brincar o Carnaval no interior a ficar na capital maranhense. Os motivos são diversos. Muitas alegam que a festa é mais divertida fora da ilha, como a pedagoga Gracinilde Barbosa, de 32 anos, que estava seguindo viagem para Alcântara, onde passaria o feriado na casa de parentes, que residem na região há três décadas. Ela disse que anualmente sai da cidade não apenas nessa época, como, também, no período junino.

“Eu fico na casa dos meus pais. A festa lá é muito legal. A tradição é mantida. Participar das brincadeiras com a família é mais importante do que brincar sozinha, com desconhecidos. Eu moro aqui por conta do trabalho, mas minha cabeça fica o tempo todo lá”, declarou a pedagoga.

Para outras pessoas, no entanto, a questão não tem nada a ver com o local onde as festas ocorrerão, muito menos com os eventos. Outro motivo seria apenas descansar. O professor de História João Silva Júnior, que trabalha na capital, sai da cidade em direção a Alcântara não para brincar, mas, sim, em busca de sossego. “Eu fico em uma casa na zona rural, longe de barulho. É na casa de um amigo. Não curto o Carnaval, mas também não condeno”, afirmou o docente.

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Viagens mantidas
Em nota, a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) informou que as viagens para os usuários do serviço de ferry-boat, que adquiriram passagens, estão mantidas. De acordo com o órgão do Governo do Estado, serão disponibilizadas 12 viagens regulares diárias, com horários previstos, sendo cumpridos durante o período carnavalesco, com segurança e tranquilidade.

“A MOB orienta aos usuários que não compraram passagem que evitem comparecer aos Terminais da Ponta Espera e Cujupe, optando pela viagem por via terrestre”, enfatizou o órgão.

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