Desde 2015 venho alertando sobre os saques do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (FEPA) e a não reposição desses recursos com verba do tesouro. A irresponsabilidade de quem hoje nos governa acabou colocando em risco o futuro daquele que dedica sua vida pelo Maranhão, o nosso servidor e seus familiares. O PCdoB revela na prática a sua vítima preferida, faz uma reforma da previdência a toque de caixa e quem paga a conta é o servidor com um desconto maior em seu contracheque.
Lutei contra a dilapidação do FEPA, realizei audiências públicas, apresentei convocações, cobrei informações, votei contra arbitrariedades do governo e avisei. Porém, até mesmo alguns sindicatos que deveriam defender os interesses de seus representados, mas são subservientes dos comunistas, não me deram ouvidos. Pelo contrário, fui duramente criticado devido ao meu sobrenome, o velho preconceito. Agora, aqueles que se omitiram viraram cúmplices das maldades contra professores, policiais, promotores, procuradores, juízes, técnicos, analistas, outros servidores e seus familiares.
No final de 2014, o FEPA tinha R$ 1.2 bilhão em reservas, hoje não tem mais nada. Os recursos do tesouro do estado que deveriam ser depositados no fundo para que essa lamentável situação não ocorresse foram gastos, principalmente no período da pré-campanha e campanha eleitoral do ano passado, para eleger o governador e seus senadores. Obras eleitoreiras, a maioria em asfalto, que hoje já estão desgastadas, como foi a estrada de Barreirinhas para Paulino Neves.
Como se não bastasse, no dia 19 de novembro fui surpreendido com o envio do Projeto de Lei Complementar nº 014/2019, a reforma da previdência estadual, para ser aprovado no mesmo dia de forma sorrateira, sem nem mesmo os deputados terem ciência de seu conteúdo e muito menos os servidores e a população em geral. Sem uma ampla discussão, uma audiência pública, um debate democrático. A reforma nacional passou mais de 2 anos no Congresso. Aqui no governo comunista, iria ser votado no mesmo dia que chegou na Assembleia se não fossem os deputados de oposição conseguirem adiar por mais 24 horas devido a um pedido de vistas do competente deputado Cesar Pires (PV).
Esse é o governo comandado pelo presidenciável Flavio Dino que diz uma coisa para a mídia nacional e faz completamente o inverso no estado que governa. Ele criticou a falta de diálogo durante a reforma nacional: “Previdência, circula uma carta de apoio com supostas 25 assinaturas de Governadores. Várias não confirmadas. Não assinei a carta por considerar que o projeto do Governo Federal é injusto e precisa melhorar muito. Só o diálogo ponderado pode resultar em um projeto equilibrado”, uma demonstração do quanto é incoerente e contraditório, uma vez que articulou pela “urgência” da tramitação da reforma estadual da qual é o autor. Ignorou justamente o debate e as lutas e conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras do nosso estado.
Aproveito a oportunidade para reafirmar o meu compromisso em assegurar aos maranhenses que continuarei na trincheira em defesa dos seus direitos. Exerço meu mandato com responsabilidade e a independência que apenas a oposição confere a um parlamentar. Com coragem, sem rabo preso a grupos políticos e econômicos, persistirei fiscalizando, corrigindo e alertando a população sobre os atos do poder executivo, sendo verdadeiramente representante dos maranhenses.
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Adriano Sarney
Deputado estadual, economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbonne, França) e em Gestão pela Universidade Harvard
E-mail: jadrianocs@post.harvard.edu
Twitter: @AdrianoSarney
Facebook: @adriano.sarney
Instagram: @adrianosarney
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