Câmara

Comissão de Segurança vai hoje à Procuradoria Geral de Justiça apurar caso de espionagem

Deputados federais buscarão informações sobre investigação de denúncia de espionagem a autoridades por parte do secretário de Segurança Pública do Estado, Jefferson Portela

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Aluisio Mendes presidiu a sessão na Comissão de Segurança que ouviu o delegado Ney Anderson e o ex-delegado Tiago Bardal (Câmara comissão de segurança)

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados desembarca nesta quinta-feira, 7, em São Luís para cumprir agenda de trabalho. Os deputados federais irão primeiro a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) e na sexta-feira, 8, ouvirão novamente o delegado Ney Anderson Gaspar e o ex-delegado Tiago Bardal. Os dois acusam o secretário de Segurança Público do Maranhão, Jefferson Portela, de usar o sistema de segurança do estado para espionar desembargadores e políticos.

A ida a PGJ é para buscar informações sobre a investigação que o Ministério Público Estadual iniciou para apurar as denúncias.

Já na sexta-feira, os deputados irão colher o depoimento de Ney Anderson e de Bardal. Os dois já foram ouvidos pela comissão, em Brasília. Tiago Bardal fez vídeo conferência e Ney Anderson foi até a Câmara dos Deputados. Nos depoimentos, os dois voltaram a afirmar que Portela grampeou os desembargadores Guerreiro Júnior, Froz Sobrinho, Nelma Sarney e Tyrone Silva. Também revelaram que os familiares dos magistrados também foram alvo dos grampos ilegais do secretário.

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Ainda no depoimento em Brasília, o delegado e o ex-delegado confirmaram que políticos, entre eles o senador Roberto Rocha (PSDB) e o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), também foram espionados a mando de Jefferson Portela, que nega todas as acusações.

Portela ainda não foi ouvido pela Comissão de Segurança da Câmara. Ele acusa o deputado federal Aluísio Mendes (PSC) de evitar o depoimento. Mendes diz que o secretário será ouvido quando o autor do requerimento que pediu a oitiva de Portela, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), viabilizar a realização do depoimento na Comissão, em Brasília.

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