Foragido

Polícia do Piauí sem pista de matador de jovem de Caxias

Prisão preventiva do acusado, Deivid Ferreira de Sousa, já foi decretada pela Justiça piauiense, mas até ontem à tarde ele ainda não tinha sido localizado

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Deivid Ferreira de Sousa que está sendo procurado acusado da morte de Gabriel Nenno (Deivid)

TERESINA - O mestre de obra Deivid Ferreira de Sousa, principal acusado de matar com um tiro na cabeça o estudante maranhense de Caxias, Gabriel Brenno Nogueira da Silva Oliveira, de 21 anos, no último dia 17, no centro de Teresina, já é considerado foragido da Justiça. Gabriel morreu seis dias depois de ser baleado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), na manhã do último dia 23 e foi sepultado ontem, em Caxias.

Segundo a polícia, trata-se de um crime passional, já que o acusado teria desconfiado que a vítima estava mantendo um envolvimento amoroso com a esposa dele. Ele, então, passou a ameaçar o estudante, até abordá-lo na saída de pensão onde o jovem residia, em Teresina.

A Central de Inquérito de Teresina expediu mandado de prisão preventiva em desfavor de Deivid Ferreira na noite de terça-feira, por solicitação do delegado Sérgio Alencar, do 1º Distrito Policial da capital piauiense, que está coordenando a investigação desse caso.

O delegado informou que desde as primeiras horas de ontem policiais militares e civis estão realizando diligências em Teresina e em cidades adjacentes com o objetivo de prender o acusado. Ainda ontem foi divulgada a foto de Deivid Ferreira, com pedido de informação sobre o seu paradeiro, por meio do 86-3216-5206.

O inquérito que investiga a morte do estudante está em fase de conclusão e ainda esta semana deve ser encaminhado ao Poder Judiciário. Segundo o delegado, a motivação desse crime é de caráter passional, já que o acusado, que trabalha como mestre de obra, teria descoberto o relacionamento extraconjugal entre a vítima e a sua companheira.

O suspeito fez um levantamento e descobriu que a vítima residia em uma pensão, no centro da capital piauiense e era aluno de um curso preparatório para o concurso das Forças Armadas. Ele ainda tentou se hospedar nessa pensão alegando ser técnico em radiologia e que estava a serviço em Teresina. No dia do crime, Deivid de Sousa atirou na cabeça de Gabriel Brenno, quando este deixava a pensão. A vítima foi levada para o HUT onde morreu seis dias depois.

Justiça

O pai de Gabriel, Evandro Silva, disse que a Justiça deve ser feita e o acusado ainda esta semana deve ser preso. A morte trágica do filho causou muita dor para a família. “Tenho certeza que as autoridades vão botar as mãos nesse assassino. Hoje, ele é um criminoso”, desabafou.

Evandro Silva declarou, também, que filho morava em Teresina desde fevereiro e fazia um curso preparatório na tentativa de ingressar na carreira militar. “O sonho do meu filho era integrar a escola de sargentos do Exército Brasileiro”, afirmou o pai da vítima.

Janaína Nogueira, mãe de Gabriel Brenno, declarou que não tinha ciência de que o filho estava tendo relação amorosa com uma mulher casada e que estaria sendo ameaçado de morte. “O comportamento do meu filho tinha mudado nas últimas semanas, mas não falou sobre a situação pela qual estava passando”, disse ela.

Janaína Nogueira disse ainda que seu filho, quando esteve em Caxias pela última vez chegou a cometar que não queria mais voltar a Teresina, mas não revelou o motivo. “Ele não se abriu comigo sobre esse assunto. Acho que ele não acreditava que isso poderia ocorrer. Foi ai que ele pecou. Ele perdeu a vida e o acuado está solto”, lamentou.

Autopsia

O corpo do maranhense foi autopsiado no Instituto Médico Legal (IML) de Teresina. A bala foi retirada para identificar a arma utilizada pelo acusado. O resultado do exame pericial vai ser anexado ao processo.

Na tarde de terça-feira, 23, o corpo foi liberado para os familiares e o velório ocorreu no Centro Paroquial da Igreja Nossa Senhora de Nazaré, em Caxias. Já o sepultamento foi realizado na tarde de ontem, no cemitério dessa cidade.

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