Gastos

Aumento com gasto de pessoal é proporcional ao da pobreza no MA

Flávio Dino aumentou a folha e ameaça o limite previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal; no período, houve aumento da pobreza no estado

Ronaldo Rocha/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Governo Dino está no limite de alerta com gasto de pessoal previsto na LRF (Flávio Dino)

O comprometimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no governo Flávio Dino (PCdoB), com mais de 47% de gastos com pessoal na máquina pública, é proporcional ao aumento da extrema pobreza no estado, verificada por institutos e órgãos de referência nacional e internacional.
Flávio Dino aumentou o número de secretarias logo após assumir o mandato, em 2015, e repetiu o feito no início deste ano, já no exercício do segundo mandato, ao ampliar o número de pastas de primeiro escalão e, consequentemente, de cargos e gastos com remunerações, vantagens, gratificações e diárias.
O aumento de gastos com pessoal, a forte crise econômica e financeira, queda do Produto Interno Bruto (PIB), além do comprometimento da LRF, que está próximo do limite aceitável, foi proporcional ao aumento da pobreza no estado durante a gestão comunista.
Em 2018, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, por exemplo, o aumento da extrema pobreza no Maranhão. De acordo com o órgão, o estado possui o maior número de pessoas vivendo em situação de pobreza. Os dados foram detalhados pela Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do órgão.
Pelos números, cerca de 54,1% dos maranhenses vivem com menos de R$ 406,00 por mês, que é considerado o valor estipulado pela pesquisa.
O IBGE também mostrou que mais de 81% dos maranhenses não possuem saneamento básico adequado, enquanto a média nacional é de 35,9% da população. Além disso, 32,7% das pessoas não têm acesso à coleta direta ou indireta de lixo e para 29,2% não há abastecimento de água.
Isdel
O Maranhão também ficou na última colocação do Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local (Isdel). O indicador, criado pelo Sebrae Minas, faz uma análise de dados sobre cinco dimensões responsáveis por promover o desenvolvimento econômico local.
As cinco dimensões analisadas e que deixaram o Maranhão na última colocação são: Capital Empreendedor (educação, renda e densidade empresarial); Tecido Empresarial (relacionado à existência de elementos do tecido social, tecido empresarial, programas e ações associativistas); Governança para o Desenvolvimento (participação e controle social, articulação e gestão pública); Organização Produtiva (aglomerações e diversificação produtiva) e Inserção Competitiva (especialmente informações do comércio internacional).
Os números, negativos e que expõem uma realidade alarmante no estado, são proporcionais à elevação de gastos do Governo com pessoal e inchaço da máquina pública.

Estudos

No fim do ano passado, o estudo Desafios da Gestão Estadual (DGE) 2018, realizado pela Macroplan, apontou o Maranhão como o estado de piores indicadores do país. O levantamento, divulgado no portal da instituição, avalia o desempenho dos estados na última década e faz projeções para 2022. Pelo relatório, o Maranhão ocupa a última colocação em aspectos como pobreza [2016 e 2017]; acesso à telefonia [2016 e 2017]; expectativa de vida [2016 e 2017]; acesso à internet [2015 e 2016]; renda domiciliar per capita [2016 e 2017]; PIB per capita [2015 e 2016] e informalidade [2016 e 2017].

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