Eleições 2022

Dino volta a elogiar Brandão e indica a escolha para sucessão

Para aliados, nome do vice-governador é o preferido do governador; resultados de últimas prévias aumentaram a necessidade de apoio de Flávio Dino

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Dino voltou a elogiar Brandão, o que, para aliados, é sinal de que o governador escolherá o tucano para 2022 (Carlos Brandão)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB) e o vice, Carlos Brandão (PSDB) deram novamente passos na tentativa de construção de um consenso interno em prol do nome do tucano para a sucessão dinista em 2022.

Mesmo com a cotação em baixa, considerando as prévias (como apontou a pesquisa Escutec/O Estado que entrevistou 1,4 mil eleitores entre os dias 23 e 30 de setembro com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e intervalo de confiança de 90%) divulgada no último fim de semana que colocam Brandão em terceiro e quarto lugares nos cenários montados, Flávio Dino voltou a tecer elogios ao aliado de governo.

Na entrega de uma série de obras no município de Morros (MA), Dino disse que Brandão era um “companheiro fiel” e com condições de manter a ordem dos programas sociais do governo. “O Brandão, assim como eu, conhece cada pedaço, cada obra, cada meta do Governo do Estado e me ajuda muito todos os dias, nesses anos todos. E tem algo importante: o atributo da lealdade”, disse Dino no sábado (2).

Brandão, por sua vez, além de agradecer na agenda, também publicou via redes sociais um vídeo em que sua esposa, Larissa Brandão, aparece tecendo elogios ao marido e afirmando que Brandão “nunca faltaria a um amigo”. Durante a fala, uma imagem de Flávio Dino e Brandão abraçados é mostrada.

Esta não foi a primeira manifestação de empatia e entendimento de Flávio Dino à Brandão. Em abril deste ano, antes de “ameaçar” manter-se no governo com a percepção de um racha maior de seu grupo, Dino afirmou que Brandão reunia grandes condições de sucedê-lo.

Em julho, por sua vez, Flávio Dino convocou uma reunião entre ele, Weverton e Brandão. À época, nova tentativa de diálogo.

Internamente, o entendimento é de que, pelo fato de ser o atual vice e de futuramente ocupar a função de governador, a pré-candidatura do tucano ainda poderá ganhar musculatura.

Pesquisa

Pré-candidatos ou nomes especulados como, por exemplo, o da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que ainda definirá seu futuro nos próximos dias, e do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PSD), cujo nome começou a ser lançado nos últimos dias por frentes no interior, estão à frente de Brandão na corrida neste momento segunda a pesquisa Escutec/O Estado.

No próximo mês, está prevista a definição do nome de consenso do grupo governista para a sucessão no ano que vem. Além de Brandão, nomes como o do senador Weverton Rocha (PDT) estão neste momento na mesa de debates.

Critérios como posicionamento nas pesquisas prévias serão considerados para esta definição. O pedetista já afirmou, apoiado pela direção nacional do partido, que será candidato “com ou sem a anuência de Flávio Dino”.

Em todos os cenários da última pesquisa Escutec, Carlos Brandão aparece atrás de Weverton Rocha (PDT).

Para evitar um racha em sua base, Flávio Dino há alguns meses tenta apresentar uma espécie de “terceira via”, colocando desta forma um nome de consenso. A preferência seria pelo atual secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão (PT) que, por sua vez, deve sair como candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados.

Outro nome apontado como pertencente à base do governador Flávio Dino é do secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo (SD). Porém, com baixa repercussão aparente no eleitorado, a partir da amostra das pesquisas, não é provável que seu nome seja apontado como o de consenso do grupo.

Governador mantém “sonho” de ser vice de Lula

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), deixou nas entrelinhas a meta de ainda ser indicado – opção pouco provável – como vice em uma chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À revista Exame, Flávio Dino voltou a ratificar vontade inicial de sair como candidato ao Senado, porém disse que a indicação de vice cabe à liderança de chapa.

Para Dino, a mudança será natural no ano que vem e terá interferência em sua sucessão. “O mais provável é que eu saia do governo em abril e eu seja candidato ao Senado. Em relação a outros cenários, não depende de mim. Quem conduz a formação de uma chapa é quem a lidera”, disse em referência ao ex-presidente Lula.

No entanto, os recentes movimentos do ex-presidente não dão esta perspectiva. Nesta semana, Lula cumprirá agenda em Brasília e se reúne com lideranças partidárias do centro-esquerda. A informação foi confirmada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann nas redes sociais do partido. Em pauta, além de busca por apoios, negociações para indicação do “tal vice”.

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