O calçadão da Avenida São Luís Rei de França, no bairro Turu, que também serve como ciclovia, com cerca de 5 km de extensão, tem servido de estacionamento para veículos motorizados. Em vários pontos, O Estado constatou que a permanência irregular de carros sobre o calçadão tem impossibilitado o passeio de pedestres, que se sujeitam, cotidianamente, ao risco de acidentes ao caminhar pelo asfalto. Devido ao problema, surgem buracos sobre o piso.
No decorrer da avenida, que dá acesso a vários pontos de São Luís, o estacionamento é proibido pelo município, o que gera infrações ao condutor, conscientemente, ao fazer uso das calçadas para estacionar os veículos. Mesmo onde há placas visíveis de proibição, e nos lugares de maior movimentação, como em frente a instituições sediadas na via, condutores, ainda assim, ousam deixando seus carros, sem nenhuma preocupação com o pedestre e das multas.
“Sempre acontece de os motoristas estacionarem em cima das calçadas, mesmo sendo uma prática proibida. Com isso, eu e outros, enquanto pedestres, temos de passar pelo asfalto para cumprir o nosso trajeto, porque as vias estão irregularmente ocupadas, atrapalhando o nosso passeio”, frisou a universitária Lahays Monteiro, de 23 anos, que tenta utilizar quase diariamente o calçadão da via para fazer o trajeto entre sua casa e a faculdade onde estuda.
Somente neste ano, de janeiro aos primeiros dias de novembro, em toda capital maranhense, 1.469 condutores foram autuados por estacionar sobre o passeio público, isso é, sobre as calçadas, aproximadamente 25% maior que no ano passado, quando durante os 12 meses foram autuados 1.181 condutores. Já outros 3.746 condutores foram autuados por estacionar em local/horário proibido, especificamente, pela sinalização.
“É muito difícil ter que transitar por aqui. Vez ou outra já aconteceu de algum condutor irresponsável ser chamado atenção por causa do estacionamento indevido, mas não adianta. Nem mesmo a fiscalização municipal de trânsito tem dado conta do problema, que não é atual, diga-se de passagem”, destacou a também universitária Danielle Silva, 24.
Além do estacionamento indevido de quem usa a desculpa de que vai rapidamente ao supermercado, farmácia ou qualquer outra atividade, carros de concessionárias localizadas à avenida também têm sido posicionados no calçadão para compor o mostruário de modelos disponíveis nas lojas, como um showroom a céu aberto.
Piso deteriorado
Com o peso dos veículos sobre o calçadão da popular Avenida Rei de França, já é possível perceber a deterioração do piso, que padece, em alguns pontos, com a buraqueira, que tem possibilitado o crescimento de vegetações, poeira e às poças d‘água, quando chove. Os buracos acabam sendo um risco para pedestres e ciclistas.
A Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh), por meio da Blitz Urbana informou, em nota, que vai enviar uma equipe até o local para que seja realizado o levantamento da situação. Constada irregularidade o responsável será notificado.
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