BALSAS - A polícia autuou em flagrante pelos crimes de cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo, o jovem Paulo Ricardo Lima, de 18 anos, que inconformado com o fim de um relacionamento amoroso, invadiu o campus da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) de Balsas, na noite de quarta-feira, e fez refém a sua ex-namorada, Laís da Conceição Mota, também de 18 anos, estudante do curso de Matemática.
No momento da ação criminosa havia apenas dois vigilantes no campus. O fato ocorreu por volta das 21h30 quando o jovem, portando uma arma de fogo, invadiu a sala onde a sua ex-namorada assistia aulas e obrigou que os demais alunos e o professor deixassem o local para ficar sozinho com a vítima, segundo informações do Tenente-coronel Madeiros, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar.
A polícia foi acionada e fez um cerco no campus, passando então a negociar o fim do sequestro. A conversa entre militares e o acusado se estender por mais de três horas. Também familiares da vítima e do sequestrador foram chamados ao local. O jovem, no primeiro momento, estava irredutível e várias vezes chegou a engatilhar a arma de fogo, ameaçando matar a vítima.
O militar informou, também, que o acusado chegou a dizer que há dias estava pensando em realizar essa ação e que não voltaria há atrás. A vítima a todo instante estava na mira do revólver, mas em um momento de distração do acusado acabou dominado pelos militares, que conseguiram tomar a arma e imobilizar o jovem.
O tenente-coronel afirmou que não houve registro de feridos graves. O acusado foi preso e apresentado na Delegacia Regional de Balsas e vai responder pelos crimes de cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo.
A vítima foi liberada e deixou o local em uma ambulância do Serviço de Atendimento de Urgência (Samu), mas não apresentava ferimentos graves. “Não foi disparado nenhum tiro e duas vidas preservadas. Isto foi o resultado de horas de negociação”, declarou o tenente-coronel.
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Pânico
O clima na manhã desta quinta-feira, 20, ainda era tenso na Universidade Estadual do Maranhão (Uema) de Balsas. No momento da ação criminosa criou-se um clima de pânico na universidade. Houve correria e as aulas foram suspensas de imediato. Muitos professores e alunos deixaram o prédio e o local foi esvaziado. Várias viaturas da polícia foram acionadas e militares negociaram por várias horas com Paulo Lima.
Na portaria do prédio da Uema havia várias pessoas querendo saber informações sobre o caso e resultado final. Uma equipe Samu foi acionada e a movimentação de policiais foi intensa no local.
Há informações de que a vítima chegou a procurar várias vezes a polícia para registrar ocorrências de ameaça de morte que havia recebido do acusado. A última ida à delegacia regional da cidade foi no dia 6 deste mês.
A Uema ainda ontem emitiu nota afirmando que no momento da ação criminosa havia dois vigilantes terceirizados prestando serviços ao campus, que agiram dentro do limite de suas atribuições e contribuíram para a resolução pacífica da questão. A nota informou, ainda, que a polícia de imediato foi acionada e que a instituição de ensino repudia qualquer forma de violência, ameaça, tortura física ou psicológica, que atente contra a integridade da pessoa, sua vida e liberdade. A procuradoria jurídica da Uema está acompanhando de perto o desdobramento do episódio na esfera policial.
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