Infraestrutura e Educação rebaixam nota de eficiência do MA em ranking nacional
Resultado do Ranking de Eficiência dos Estados – Folha mostra que programas como “Mais Asfalto” e “Escola Digna” não estão fazendo tanto sucesso quanto na propaganda
Ferramenta inédita lançada pela Folha e o Datafolha mostra quais estados entregam mais educação, saúde, infraestrutura e segurança à população utilizando o menor volume de recursos financeiros.
O REE-F (Ranking de Eficiência dos Estados-Folha) considera 17 variáveis agrupadas em 6 componentes para calcular a eficiência na gestão dos 26 estados e detalha ainda a situação das finanças de cada um deles. E a posição do Maranhão não é boa.
O estado administrado pelo governador Flávio Dino (PCdoB) ocupa apenas a 14ª posição,atrás de vizinhos nordestinos como Pernambuco, Paraíba, Piauí e Ceará.
Numa escala de 0 a 1, cinco estados ultrapassam 0,50 e, por isso, podem ser considerados "eficientes" -Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo. Outros seis mostram "alguma eficiência" no uso de seus recursos e os demais 15 podem ser considerados "pouco eficientes" ou "ineficientes".
O Maranhão, com nota 0,386, foi classificado como “pouco eficiente”. Os piores desempenhos foram registrados em Infraestrutura (0,207), Educação (0,283) e Saúde (0,303), o que joga por terra três motes da propaganda comunista no estado.
De acordo com o ranking, não têm apresentado resultados práticos, por exemplo, os programas “Mais Asfalto” e “Escola Digna”, e a Saúde estadual deteriorou-se.
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Segundo a Folha de S. Paulo, o objetivo do REE-F é quantificar o cumprimento, pelos governos estaduais, de funções básicas e previstas em lei segundo seus recursos financeiros.
Aparecem mais bem posicionados os estados que gastam menos, por exemplo, para ter mais jovens na escola, médicos e leitos em hospitais, redes de água e esgoto, melhores rodovias e menores índices de violência.
A partir do cruzamento com a atividade econômica dos estados, o REE-F mostra que aqueles que mantêm ou que ampliaram sua base industrial e de serviços na composição do PIB (Produto Interno Bruto), com impacto positivo na arrecadação de impostos, tendem a ser mais eficientes. Já os que têm a agricultura, a administração pública e os repasses da União como principais fontes de receita se saem pior.
Além de mostrar correlação com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, o REE-F revela que altas taxas de mortalidade infantil e homicídios são os sinais mais fortes da ineficiência de um estado. E que aqueles que possuem receita per capita maior não são necessariamente os com melhor desempenho.
O trabalho traz ainda um amplo panorama das dificuldades dos estados, com a queda na receita e investimentos na crise econômica, e a explosão das despesas com o aumento do funcionalismo ativo e inativo.
Com cada vez menos receitas disponíveis para o básico, os estados têm à frente um desafio inédito: quase a metade dos servidores está em idade de se aposentar, colocando em xeque o atendimento à população.
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