MOSCOU - A Bélgica sabe a importância de enfrentar a seleção brasileira nas quartas de final da Copa do Mundo. A poucos dias da partida decisiva, o zagueiro Kompany disse que a seleção europeia não pode fugir das suas características de jogo, mas também não pode ter postura suicida contra o Brasil.
"É a discussão interna. Sabemos que é uma equipe forte. Vamos tentar não fugir dos nossos princípios, marcar gols e tentar ser rápidos. É um Brasil com equilíbrio, são constantes em atacar e defender. Podem atacar com muitos jogadores e defender tranquilamente. É este o símbolo de uma boa equipe. Vamos atacar e ser fiéis a nosso jogo. Mas jamais seremos kamikazes", disse, em entrevista coletiva.
A seleção belga passou pelo Japão nas oitavas de final com uma vitória apertada por 3 a 2 já nos instantes finais da partida. A equipe vem sendo elogiada pela agressividade e pelo poder ofensivo, mas ainda apresenta falhas defensivas que podem custar caro contra rivais como Neymar e cia. Uma das principais críticas recebidas pelos belgas é sobre a lentidão na recomposição da defesa, que acaba cedendo espaços para adversários.
Em sua entrevista, Kompany demonstrou grande respeito pelo Brasil e fez diversos elogios ao time de Tite. Mas também ressaltou os méritos da Bélgica, especialmente em termos ofensivos. Por isso, a expectativa é de uma grande partida.
“Sou objetivo em dizer que o Brasil individualmente é o melhor time da Copa do Mundo. Mas isso não vai mudar o nosso desejo e a nossa confiança. Nós confiamos em nossa geração, não temos medo e ousamos. Coletivamente, o Brasil também é muito forte. Eles são muito sólidos, mas sempre há um jeito de vencer o oponente, mesmo que ele seja muito forte. Este é o jogo mais importante da nossa geração”, disse.
O zagueiro repetiu algumas vezes que se o duelo fosse focado no poder individual das equipes, a Bélgica não teria chances. Para ele, o potencial coletivo é que torna os belgas mais fortes. "O Brasil é o time mais forte em um nível individual que eu vi até aqui. Seus defensores são sólidos, eles têm atacantes muito fortes. Se a competição dependesse apenas de qualidades individuais, não teríamos chance. Mas como um coletivo, temos", disse.
Ele ainda voltou a ressaltar o poder ofensivo do ataque que conta com jogadores talentosos como De Bruyne, Hazard, Mertens e Lukaku. “Se somos favoritos ou não, isso não vai mudar a filosofia que esperamos desenvolver durante a partida”, disse ele e completou: “Fizemos muitos gols na fase de grupos e também contra o Japão, e é isso que marca a nossa Copa até agora. O maior arrependimento que teremos é se tivermos uma partida estéril e se perdermos por 1 a 0, como foi o caso contra o Argentina. Não há vergonha de perder para uma equipe muito boa, mas queremos entrar em campo, aconteça o que acontecer com a nossa maneira de jogar”, disse.
A entrevista de Kompany não se restringiu à boa fase belga. O zagueiro também relembrou o duelo válido pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2002, quando a seleção brasileira eliminou a Bélgica nas oitavas de final. Na ocasião, Marc Wilmots fez um gol quando a partida estava empatada por 0 a 0. Mas o árbitro jamaicano Peter Prendergast anulou o tento. Para Kompany, que era adolescente na época, a partida representa um trauma.
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