Descarte Irregular

Lixo e descaso deixam Ponta d’Areia suja

Segundo proprietário, terreno seria desapropriado para implantação de uma Estação de Esgoto

Monalisa Benavenuto / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

Terreno desabitado, localizado na Ponta d’Areia, tornou-se depósito de resíduos de bares, restaurantes e construções da região. De acordo com moradores, muitas denúncias foram feitas à Blitz Urbana, mas a situação persiste.

Garrafas de bebidas, restos de comida, entulhos. Uma diversidade de resíduos ocupa a área de um terreno desabitado na travessa Coronel Amorim, na Ponta d’Areia, um dos bairros com o metro quadrado mais caro de São Luís. Moradores suspeitam de que o lixo seja despejado por funcionários de bares e restaurantes localizados nas proximidades do terreno. Eles alegam haver vários protocolos de denúncias registrados na Blitz Urbana. No entanto, nenhuma ação efetiva ocorreu.

De acordo com Saulo Brás, morador e síndico de um condomínio situado ao lado do terreno, somente uma vez uma equipe da Prefeitura esteve no local, em setembro de 2017. Ele frisou ainda que um grupo de moradores se propôs a comprar o terreno, mas não houve negociação com o proprietário da área.

Sobre a responsabilidade legal pelo terreno, O Estado conversou com o empresário e proprietário da área, Melchiades Costa. Ele relatou que o terreno seria destinado à construção da sede de sua empresa, mas há três anos foi notificado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) sobre um processo de desapropriação por utilidade pública para a implantação de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) referente ao sistema de saneamento da Lagoa da Jansen, impossibilitando-o de vender ou realizar qualquer intervenção na área.

Melchiades Costa ressaltou ainda que, apesar de aceitar a proposta, até o momento não recebeu indenização pela companhia.

Em nota, o Comitê Gestor de Limpeza Urbana informou que vai providenciar a remoção dos resíduos descartados irregularmente na Ponta d’Areia e que equipes irão identificar os autores das descargas irregulares, para que estes sejam notificados.

O órgão também pediu o apoio da população para combater o descarte irregular de resíduos e informou que materiais recicláveis e resíduos não coletados pelo serviço de coleta convencional, como resíduos de construção civil e restos de poda e capina, devem ser descartados em um dos seis Ecopontos já em funcionamento na capital.

Os Ecopontos mais próximos da Avenida dos Holandeses são o do Jardim Renascença, que fica localizado na Rua Netuno, s/nº, Renascença II, próximo à Paróquia de São Paulo Apóstolo, e o do São Francisco, na Avenida Ferreira Gullar. Os Ecopontos funcionam de segunda-feira à sábado, das 7h às 19h, exceto feriados.

O Estado manteve contato com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão para tratar do assunto do processo de desapropriação relatado pelo proprietário do terreno, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

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