Cerco policial

PF combate pedofilia e fraude bancária no estado do Maranhão

Um pedófilo foi preso na cidade de Água Doce e dois fraudadores do sistema bancário via internet capturados em Imperatriz, em duas operações realizadas ontem

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Material apreendido com o pedófilo Francisco César da Silva Santos (Pedolilia)

SÃO LUÍS - O Maranhão foi ontem alvo de duas operações da Polícia Federal (PF). Uma foi a segunda fase da operação Underground, cujo objetivo é combater a pornografia Infantil. A PF informou que durante a incursão foi preso o maranhense Francisco César da Silva Santos, no povoado de Frexeiras, em Água Doce. Outras 12 pessoas foram presas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco e Acre. Além das prisões, a polícia cumpriu 11 mandados de busca e apreensão. Pelo menos 15 bebês e crianças foram vítimas desses criminosos.

Segundo a PF, os criminosos efetivamente abusavam sexualmente de crianças por meio de fotografias. Eles se reuniam em salas virtuais para trocarem ou venderem imagens de vítimas despidas e também produziam esse material. Maioria dos criminosos era pessoas do convívio ou parentes das vítimas.

A operação de ontem resultou na prisão de uma pessoa no Maranhão; quatro em São Paulo; uma em Minas Gerais; uma no Acre; uma em Pernambuco e uma no estado do Rio de Janeiro. Foram apreendidos computadores, hds, celulares e fotografias que serão periciados. O crime de publicação de imagens de pornografia infantil prevê pena de 3 a 6 anos de prisão, enquanto o de estupro de vulnerável prevê de 8 a 15 anos.

A primeira etapa dessa operação ocorreu no dia 27 de abril do ano passado e resultou na prisão de 21 pessoas nos estados do São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Além dos brasileiros presos, a polícia identificou a participação de estrangeiros nessa ação criminosa e os seus dados foram encaminhados para a Interpol.

Mais operações

No ano passado, a Polícia Federal realizou duas operações com o objetivo de combater a exploração sexual infantil, no Maranhão. Um desses trabalhos foi denominado de operação Doce Infância, realizada no dia 30 de março de 2017 e foi coordenada pela equipe do Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos, lotado na sede da Polícia Federal (PF) em São Luís.

Nesse cerco policial foram presas duas pessoas nos estados do Ceará e Maranhão. Os policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão no Amazonas, Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo e Mato Grosso. A polícia informou que os criminosos compartilhavam fotos de crianças e adolescentes despidas por meio de aplicativo de mensagens instantâneas. O trabalho de investigação durou cerca de sete meses.

No dia 26 de julho do ano passado, a polícia realizou a operação Glasnost, que também combatia a exploração sexual de crianças por meio da internet. Em São Luís foi cumprindo apenas um mandado judicial de busca e apreensão, mas ocorreram cumprimento de mandado de prisão preventiva e mandados de condução coercitiva, em 51 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.

Backdoor

A PF também realizou, ontem, a operação Backdoor, visando desarticular grupo criminoso especializado em fraudes bancárias pela internet, nos estados do Tocantins, Maranhão e Goiás. O prejuízo foi estimado em aproximadamente R$ 10 milhões. Duas pessoas foram presas na cidade de Imperatriz e foram conduzidas para a sede da PF da capital de Tocantins.

Nessa incursão foram cumpridos 24 mandados judiciais expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis, no Tocantins, sendo oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. Segundo a polícia, os criminosos realizavam fraudes bancárias por meio da internet.

Esse grupo criminoso atuava criando páginas falsas de lojas virtuais e as anunciavam via Facebook. A vítima, ao clicar no anúncio falso, era remetida à página de loja virtual clonada. Achando que se tratava de uma loja verdadeira, a vítima realizava uma compra e pagava o boleto. No entanto, este boleto pago pela vítima era, na verdade, referente a produtos já adquiridos pelos fraudadores na loja virtual verdadeira.

Os criminosos devem responder pelos crimes de furto mediante fraude pela internet contra instituições financeiras e comerciais, invasão de dispositivos de informática e estelionato cometidos em diversos estados. O nome dessa operação faz referência ao nome dado ao software nocivo que era infiltrado no computador da vítima de forma ilícita para realização dos atos criminosos.

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