Indicador CNI

Medo do desemprego sobe e alcança segunda maior marca da série histórica

Apesar dos sinais de recuperação da economia, instabilidade política e incerteza sobre retomada do crescimento ainda contribuem para receio de demissão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35
( A Carteira de Trabalho e Previdência Social garante acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)

A economia brasileira tem apresentado sinais de recuperação, tanto na produção quanto no mercado de trabalho. No entanto, o índice do medo de desemprego subiu para 67,7 pontos, em setembro, o segundo mais elevado da série histórica, iniciada em 1996. O indicador, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou alta de 1,6 ponto em relação à medição de julho e está acima da média histórica de 49,0 pontos.

O índice mostra a percepção do brasileiro e suas perspectivas em relação ao emprego. “Se uma pessoa tem receio de que ela ou alguém próximo venha a perder o emprego, isso reflete na alta do indicador”, explica Maria Carolina Marques, economista da CNI.

Segundo ela, fatores como a instabilidade política e incertezas sobre a retomada do crescimento influenciam a piora no indicador. “As notícias positivas da economia vêm acompanhadas por notícias negativas e há, ainda, 12 milhões de desempregados”, observa.

O índice de satisfação com a vida permaneceu praticamente estável, em relação a julho: subiu de 65,9 pontos para 66,0 pontos. O patamar foi mantido por influência da região Sudeste, onde o indicador subiu 1,3 ponto, no comparativo. Na contramão, houve forte queda no Norte-Centro-Oeste, de 2,6 pontos. Na região Nordeste, o índice caiu 0,1 ponto e, no Sul, 0,7 ponto.

Esta edição da pesquisa realizou 2.000 entrevistas em 126 municípios, entre 15 e 20 de setembro.

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