Acabou agora há pouco na Câmara Municipal de São Luís, após quase cinco horas, a audiência pública que debateu a situação da saúde no município. O secretário Municipal de Saúde, Lula Fylho, explicou aos vereadores e entidades presentes pontos como a demora da conclusão das obras no Hospital da Crianças e também o atraso de dois meses no pagamento do salário de técnicos de enfermagem contratados.
Tanto os vereadores quanto os profissionais da saúde foram a Câmara de São Luís discutir com o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) problemas na área. A proposta da audiência foi do vereador Marcial Lima (PEN).
As principais questões levantadas, de forma repetitiva, durante a audiência foram a paralisação na construção da maternidade da Cidade Operária, o atraso nas obras do Hospital da Criança, os problemas nos hospitais de emergência e urgência, Socorrão I e II, e ainda o atraso de dois meses no pagamento de profissionais contratados pela Semus.
Os vereadores reclamaram que a demanda por cirurgias, consultas e tratamento médico são constantes. Disseram que é preciso que a gestão avance em questões como a central de marcação de consultas e que melhore as condições no Socorrão II, principalmente, por ser lá o local responsável por cirurgias ortopédicas.
Lula Fylho respondeu a todos os questionamentos afirmando que os problemas na Saúde passam pelo tamanho da demanda de pacientes que o município recebe e também pelo momento de crise que passa o país.
Explicações
Os Socorrões, segundo dados passados por Lula Fylho, recebem mensalmente cada um pouco mais de R$ 1,7 milhão. No entanto, os gastos nas duas unidades de saúde ultrapassam R$ 10 milhões cada uma.
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Com isso, a Prefeitura, ainda segundo Lula, tem que complementar por mês mais de R$ 16 milhões para manter as duas unidades de urgência e emergência.
Para resolver o problema, o gestor disse ser necessária uma parceria com o governo do estado.
Sobre a reforma do Hospital da Criança, Lula disse o atraso na conclusão das obras foi o embargo do Ministério Público do Trabalho (MPT). O órgão disse ter vícios no projeto de execução da obra e que para que o serviço continuasse um novo projeto deveria ser apresentado.
“O projeto já está sendo concluído e deverá ficar pronto na próxima semana e, com isso, as obras no Hospital da Criança serão retomadas e tudo deverá ser entregue até abril de 2018”, disse o secretário.
No caso da maternidade da Cidade Operária, as obras não deverão ser retomadas tão cedo. O motivo é a falta de recursos. Segundo explicou Lula Fylho, 95% da obra é financiada pelo Governo Federal. Os serviços já feitos nunca foram pagos e, devido a isso, a empresa rompeu o contrato.
Sem ter a empresa para fazer a obra, a Prefeitura de São Luís agora precisa fazer um novo projeto de construção de depois fazer uma nova licitação para contratar outra empresa.
Já sobre o atraso salarial, Lula Fylho disse que um plano de pagamento já foi feito e que até a próxima semana, os dois salários atrasados deverão ser pagos.
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