Isac Felix, atacante

O sonho de conquistar a artilharia e o acesso do Sampaio

Artilheiro da equipe com cinco gols, Isac já havia sido um dos destaques no Campeonato Maranhense, quando marcou seis gols e ajudou o Tricolor a conquistar o seu 33º título estadual

Marcio Henrique Sales / O Estado do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h36
Isac Felix da Silva durante treino no Estádio Castelão

Isac Felix da Silva, 32 anos, mais conhecido como “Isac Matador”, é o cara do Sampaio Corrêa neste Campeonato Brasileiro da Série C. Artilheiro da equipe com cinco gols, Isac já havia sido um dos destaques no Campeonato Maranhense, quando marcou seis gols e ajudou o Tricolor a conquistar o seu 33º título estadual. Com isso, ajudou a quebrar o tabu de três anos sem títulos. Desde que chegou à Bolívia Querida, ele já fez 11 gols em 20 jogos.

Em 11 jogos com a camisa tricolor, o atacante já marcou cinco gols na Série C e está a três do artilheiro da competição, André Luís, do Ypiranga (RS). Gols que levaram o Tubarão à vice-liderança do grupo A da competição e ajudaram a deixar o time bem perto da classificação para o mata-mata das quartas de final, que vale vaga para a Série B de 2018.
Para o Isac, a artilharia é importante, mas o acesso terá mais destaque no currículo do artilheiro. “É muito bom estar brigando pela artilharia, mas para mim o mais importante é o acesso, pois não tenho nenhum em meu currículo”, destacou o atacante.

E olha que Isac já foi vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro da Série B de 2012 com 20 gols pelo América (RN). Mesmo assim, ele faz questão de enaltecer a conquista do Campeonato Maranhense e a luta pelo acesso.

Atacante Felix da Silva cercado por torcedores e crianças após treino

“Quando eu cheguei aqui a cobrança era muito grande, porque os atacantes que tinham passado antes não vinham correspondendo. Estamos na luta pelo acesso para a Série B, que é a nossa meta maior este ano”, disse.

Faltando 10 jogos, caso o Sampaio chegue à final da Série C, Isac acredita que ainda pode ser artilheiro da competição. “Ainda posso chegar lá, sim, mas o que realmente quero é o acesso para a Série B. A artilharia, se vier, será consequência”, comentou.

A prova do destaque do artilheiro no time é que crianças cercaram o artilheiro, depois do treino, e aos gritos de “Isac é matador”, pediram para tirar fotos com o ídolo. “É muito bom receber esse carinho dos torcedores, principalmente, das crianças, porque de alguma forma podemos servir de inspiração para eles”.

O Tricolor enfrenta o Fortaleza neste sábado, às 20h, no Estádio do Castelão, pela 15ª rodada da Série C. A distância do Sampaio para o CSA, líder, são de apenas dois pontos. O Fortaleza é o terceiro colocado com 23 pontos. A Bolívia Querida pode está a uma vitória da classificação, pois o quinto colocado, o Remo, tem 18 pontos.

Se a primeira fase da Série C terminasse hoje, o Sampaio pegaria nas quartas de final o Ypiranga (RS), terceiro colocado do grupo B com 21 pontos, e o segundo duelo do mata-mata que vale o acesso seria em São Luís.

Tive que trabalhar dobrado para me destacar e, graças a Deus, os gols começaram a sair e conquistamos o Estadual"

Pelo mundo
Isac é cearense nascido em Fortaleza (CE) e começou nas categorias de base do Ceará, mas logo girou o mundo em busca de oportunidades. “Comecei nas categorias de base do Ceará, mas logo fui emprestado para um clube no interior de Goiás. Depois, rodei o Brasil e parte do mundo. Até para a China eu fui”, recordou.

O atacante acumula passagens pelo Horizonte, Botafogo-SP, Inter de Lages, CRB, Red Bull Brasil, América-RN, Changchun Yatai, da China, América-RN, Guarany de Sobral, Parnahyba, Itapipoca, Iporá, Eusébio, Social, Icasa, Ceará e Bahia.

É muito bom receber esse carinho dos torcedores, principalmente das crianças"

Dentre as muitas experiências que Isac acumula no futebol, a que ele mais gosta é a da sua passagem no futebol chinês em 2013, onde ele fez sete gols em 29 jogos pelo ChangchunYatai. “Quando a gente está em outro país é sempre bom conhecer a cultura do lugar. Na China, provei carne de cachorro por curiosidade, mas não gostei muito. Prefiro o tradicional churrasco brasileiro, mas na vida é preciso provar um pouco de tudo”, comentou.

Quanto a lingua, o artilheiro disse que não teve muito problema. “No começo foi um pouco ruim, mas depois me acostumei e aprendi a falar um pouco a língua deles (Mandarim) e me adaptei melhor ao local”.

Dentre os muitos treinadores com quem trabalhou, Isac destaca Roberto Fernandes, que atualmente treina o Náutico (PE). “Com certeza foi o melhor treinador com quem trabalhei. Ele me deu muito incentivo no América (RN) em 2012 e foi uma das minhas melhores temporadas. Além disso, aprendi muito com ele”, afirmou.

Com 31 anos, Isac se considera um vencedor no esporte. “O meu começo, como o de todo mundo, foi difícil. Não vim de berço de ouro. Hoje, que estou mais perto de parar, agradeço a tudo que bola me deu”, finalizou.

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