Calor

Altas temperaturas são registradas em São Luís

Temperatura mais alta foi registrada em agosto, quando os termômetros marcaram 33,5°C; para os próximos meses, tendência é de elevação da temperatura

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Sombrinha é usada para se proteger do sol em rua da cidade (Calor)

A temperatura mais alta registrada em São Luís este ano foi de 33,5° C e ocorreu no mês de agosto. Para os próximos dias, a tendência é de que temperaturas mais elevadas sejam registradas na capital maranhense, como consequência da diminuição do volume de chuvas.

A previsão é do Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Em toda a história, a maior temperatura registrada em São Luís - 38°C - aconteceu em dezembro de 2006.
Setembro é o segundo mês da estação considerada seca. Para este mês, o volume de chuvas esperado é de apenas 23,3 milímetros e a tendência, de que esse volume diminua com o consequente aumento da temperatura. “Os registros históricos mostram que os meses de outubro e novembro têm as maiores temperaturas”, disse Márcio Eloi, do Núcleo Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). São justamente esses dois meses que apresentam os menores índices pluviométricos de todo o ano, com 7,6 milímetros e 10,5 milímetros respectivamente.

Aumento
Estudos mostram que as mudanças climáticas e o consequente aumen­to da temperatura são reflexos diretos das atividades humanas, causadas principalmente por emissões da queima de combustíveis fósseis, agricultura e processos relacionados ao desmatamento e às mudanças no uso do solo.

Essas mudanças podem gerar eventos de grande impacto para a sociedade, como aumento do nível do mar, secas, chuvas intensas, inundações, ondas de calor, entre outros problemas. Tais impactos geram consequências para todas as populações do mundo, em especial as de cidades mais pobres e vulneráveis, ameaçando ecossistemas naturais e habitat em áreas urbanas e rurais.

Conforme os últimos estudos do Núcleo de Meteorologia, São Luís vem registrando um aumento de temperatura e uma redução do índice pluviométrico, se comparado com os últimos anos, situações causadas principalmente pelo crescimento urbano desordenado dentro da capital maranhense.
Nesse período, o aumento da temperatura vem acompanhado com a diminuição das chuvas. Conforme mostram os dados da universidade, atualmente vive-se o período da estiagem (estação seca) na capital maranhense, que começou no mês de agosto e vai se estender até novembro, se intensificando gradativamente com o passar dos meses.

Após esse período, vem a fase de transição da estação seca para a chuvosa, que compreende os meses de dezembro e janeiro. Logo em seguida, aparece a estação chuvosa, que compreende os mês de fevereiro, março, abril e maio. Por fim, há um novo período de transição, dessa vez da estação chuvosa para a seca, que corresponde aos meses de junho e julho.

Causas
De acordo com núcleo, os grandes prédios, principalmente aqueles construídos às margens da orla da cidade, fazem uma espécie de barreira e impedem a circulação dos ventos, contribuindo para a elevação da temperatura e diminuição da quantidade de chuvas.

A emissão de gases poluentes pelos veículos, como o gás carbônico (CO2), também contribui para a elevação da temperatura da cidade.

SAIBA MAIS

Volume de chuva esperado para mês do ano (em milímetros)
Janeiro: 244,2 (período de transição: estação seca para a chuvosa)
Fevereiro: 373 (período chuvoso)
Março: 428 (período chuvoso)
Abril: 475,9 (período chuvoso)
Maio: 316,5 (período chuvoso)
Junho: 173,3 (período de transição: estação chuvosa para a seca)
Julho: 131,1 (período de transição: estação chuvosa para a seca)
Agosto: 29,4 (estação seca)
Setembro: 23,3 (estação seca)
Outubro: 7,6 (estação seca)
Novembro: 10,5 (estação seca)
Dezembro: 77,4 (período de transição: estação seca para a chuvosa)

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