A população da Região Metropolitana de São Luís está sofrendo com o calor intenso nos últimos dias. O fenômeno é considerado normal pelo Laboratório de Meteorologia (Labmet), do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por causa do período de estiagem pelo qual o Maranhão está passando. A temperatura deve permanecer alta até a primeira quinzena de dezembro, embora o período chuvoso se inicie somente na segunda quinzena de janeiro.
O professor Gunter de Azevedo Reschke, chefe do Laboratório de Meteorologia (Labmet), disse que esse momento de forte calor já era aguardado, em virtude do período seco pelo qual o Maranhão está passando. “Isso ocorre por causa da radiação. É um momento de exposição solar, mas pode variar. Pode amanhecer com temperaturas amenas e, durante o dia, ficar mais elevada. Então, a tendência é aquecer”, explicou o meteorologista.
Segundo Gunter de Azevedo, o calor deve amenizar na Ilha na primeira quinzena de dezembro ou na primeira metade de janeiro de 2020, considerado o período de transição para o período chuvoso.
Índices pluviométricos
O meteorologista disse que, para este mês, a previsão é que caia, em São Luís, 11mm de chuva, que é a média histórica. Já para dezembro, esse índice é de 70mm, conforme monitoramento do Labmet. Em outubro, a média ficou em 10mm. “Estamos, ainda, no período seco, de estiagem. Isso não impede que ocorram chuvas”, afirmou o professor Gunter de Azevedo.
De acordo com ele, o período chuvoso, mesmo, começa, oficialmente, em fevereiro e vai até maio. Em janeiro, que tem previsão de 220mm de índice pluviométrico, ocorre a transição. Conforme o meteorologista, para este ano, não há mais possibilidade de acontecerem os fenômenos El Niño e La Niña, que podem afetar o clima no Brasil, com queda ou aumento de temperaturas. “Espera-se que ocorram tudo dentro da normalidade, incluindo as condições do Atlântico”, pontuou Gunter de Azevedo.
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El Niño e La Niña
O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. É o principal responsável pela falta de chuvas e pelo calor no litoral brasileiro.
Já o La Niña é um fenômeno exatamente inverso, que representa um esfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico em virtude do aumento da força dos ventos alísios. No Brasil, o La Niña provoca os efeitos opostos, com a intensificação das chuvas na Amazônia, no Nordeste e em partes do Sudeste. Além disso, provoca a queda das temperaturas na América do Norte e na Europa.
Calor e saúde
Este mês, um relatório publicado pela revista científica britânica The Lancet fez um alerta para as graves consequências das ondas de calor também para a saúde humana. O dossiê, chamado “The Lancet Countdown: Tracking Progress on Health and Climate Change” (Contagem regressiva: Saúde e Mudanças Climáticas, Acompanhando a Evolução), é publicado anualmente desde 2016.
A publicação cita problemas gerados pelo aumento das temperaturas como o estresse por calor, insuficiência cardíaca e lesão renal aguda por desidratação. Outra grande preocupação são as enfermidades como dengue, chikungunya, zika e febre amarela, transmitidas por mosquitos vetores.
Em dias quentes, é importante tomar cuidados não só com a pele, mas também com os olhos. A falta de proteção nos olhos pode causar vermelhidão e irritação na retina. O ideal é proteger a visão com o uso de chapéus e óculos escuros.
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