Uma chance

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Longa distância dos principais mercados emissores e idiomas desconhecidos pelos visitantes não foram barreiras para o turismo ter enorme impulso no Sudeste da Ásia. Países como Tailândia, Camboja ou Vietnã estão hoje no radar de turistas europeus e americanos atraídos por destinos exóticos. O Brasil poderia estar incluído nesse rol, mas, além da distância e do idioma, parece que existem outras barreiras que tornam modesta nossa fatia no bolo do turismo internacional.
Apesar dos pesares, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de agosto e setembro serão uma oportunidade para se mudar esse quadro. O Rio — e por tabela os demais destinos turísticos do pais — enfim começa a contar com um sistema de transporte público de alta capacidade que facilita o deslocamento de visitantes para os pontos de interesse da cidade, ampliados com as obras de revitalização no Centro histórico. A rede hoteleira se redistribuiu por três áreas (Centro, Zona Sul e Barra da Tijuca), com oferta para todos os gostos e orçamentos. Somente na Barra, mais 11 mil quartos estarão disponíveis até o início dos Jogos. E o Aeroporto do Galeão deixou de ser motivo de decepção logo na chegada.
Ainda assim, o Rio terá de passar pelo teste da segurança. Se cidadãos brasileiros se sentem inseguros em suas próprias cidades, o que dizer de turistas, que desconhecem as manhas e as armadilhas urbanas do país. Os Jogos poderão ser o divisor de águas ao menos nesse tópico. Uma parceria com o setor privado se propõe a aumentar a vigilância nas ruas do Centro.
O câmbio está favorável aos visitantes estrangeiros, e o turismo pode ser uma alavanca neste momento difícil da economia brasileira, em que não se vê saída para qualquer lado que se olhe. Ao meio de uma crise profunda, Portugal, que também não estava nos radares do turismo internacional, voltou a respirar graças ao grande número de visitantes estrangeiros nos últimos anos. Lisboa e o Porto, principalmente, hoje fervilham de turistas, e têm como um dos pontos altos a gastronomia. Mas é também verdade que Portugal conta agora com uma infraestrutura invejável. Porém, tal como aqui, o país vive uma crise política permanente. Denúncias de corrupção são estampadas diariamente nas páginas dos jornais. E a maior parte do noticiário na TV é tomado por violência urbana. Ou por futebol, paixão dos portugueses. Mas os turistas não estão nem aí para isso.

Os sem seguro
Pela primeira vez, encolheu o número de participantes que têm exclusivamente planos odontológicos. O universo dos segurados de plano de saúde como um todo diminuiu em mais de 1 milhão de participantes. Mesmo assim, em face da debilidade de algumas empresas do setor, há uma migração de contratantes de planos empresariais, e com isso, algumas companhias até cresceram. No Rio, a Golden Cross recebeu 20 mil novos participantes.
Outra característica do mercado nessa crise é o aumento do número de segurados que se habilitam na categoria de microempresário individual (MEI). Em alguns grandes administradores de planos, essa categoria já representa um terço do total de segurados vinculados a pequenas e médias empresas. São consideradas como tal aquelas que têm até 100 vidas seguradas.

Mediadores
A experiência é ainda recente na economia, pois decorre no novo Código de Processo Civil, mas, além de advogados, há economistas, administradores e mesmo psicólogos se preparando para atuar como mediadores de conflitos envolvendo empresas. O que se espera com esse processo é agilizar as decisões e liberar os juízes de uma sobrecarga. Outra novidade são os contratos no processo civil. Em acordo com a Justiça, as partes podem até suspender temporariamente processos ou adiar audiências.
Não existe entre os advogados o consenso se os novos instrumentos de fato serão capazes de reduzir custos para a sociedade. Especialistas estão se debruçando na experiência internacional para tirar uma conclusão. Doutor em processo civil e professor da Fundação Getulio Vargas, Diogo Rezende de Almeida está entre os que consideram as mudanças um avanço. Para os que se interessam, ele publicou sua tese em livro.

Dez pragas
Antigo leitor que sempre me ajuda na correção de imprecisões históricas agora me alerta para uma questão bíblica. As sete pragas do Egito na verdade são dez. Então, o Rio ainda precisa se precaver contra outras que podem vir a nos ameaçar.

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