Em greve desde o dia 25 deste mês, os professores da rede municipal de ensino de São Luís seguem com seu cronograma de manifestações. Na sexta-feira, dia 27, a categoria realizou uma panfletagem na Praça Deodoro para expor à sociedade os motivos da paralisação.
No dia anterior, durante uma reunião na sede das promotorias, o promotor da Educação Paulo Avelar afirmou que vai solicitar documentação da Prefeitura de São Luís para saber se realmente existe a possibilidade de o Município conceder o reajuste de 11,36% que a categoria reivindica. Até o dia 13 de junho o promotor dará sua resposta sobre essa situação.
Reivindicações
Enquanto isso, os educadores continuam a paralisação. Até a tarde de sexta-feira, a categoria ainda não havia recebido nenhuma nova proposta da Prefeitura de São Luís. A última foi o reajuste de 10,67% parcelado, que foi rejeitada pelos professores. Os docentes reivindicam o repasse, de forma integral, do
aumento de 11,36% (garantido, de acordo com os trabalhadores, por meio da Lei nº 5.877).
Outra reivindicação dos professores trata da reforma das escolas gerenciadas pela Prefeitura de São Luís. De acordo com o Sindeducação, muitas delas não oferecem condições para o aprendizado dos alunos e também para os professores exercerem as suas funções.
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A última paralisação da categoria aconteceu no ano de 2014, já na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Na ocasião, a greve dos professores se estendeu por mais de 100 dias.
Um dos pontos altos da paralisação daquela época foi a ocupação do Palácio de Lá Ravardière pelos docentes, fato esse que teve uma ampla recursão. Em alguns dias do protesto, os professores grevistas se acorrentaram na entrada do palácio. Já a presidente do Sindeducação, Elisabeth Castelo Branco, fez greve de fome durante alguns dias.
Procurada por O Estado, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou em nota que tem dialogado constantemente com o sindicato de professores e se mobilizado para atender às demandas da categoria, inclusive com a apresentação de cinco diferentes propostas de reajuste salarial. A Semed informou que propôs reajuste de 10,67% aos docentes, lamenta a decisão de paralisação das aulas e reforça que continua disposta a negociar com os professores.
Principais reivindicações dos docentes
- - Construção de creches e escolas
- - Melhorias na Infraestrutura das escolas
- - Melhores condições de trabalho
- - Regularização total do transporte escolar
- - Alimentação de qualidade para as crianças
- - Segurança nas 281 escolas (turnos diurno e noturno)
- - Concurso Público
- - Pagamento Reajuste Salarial de 11,36% sem parcelamento
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