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Trânsito letal

David Zini

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48

Anualmente, mais de 1,2 milhão de pessoas são vítimas de acidentes de trânsito em todo o mundo. Esse dado é da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no fim do ano passado. O estudo mostrou ainda que, nos últimos três anos, 68 países aumentaram o número de mortes no trânsito. Mas, sem dúvida, uma das informações mais impactantes é que o Brasil é o país com maior índice de vítimas de trânsito por habitante na América do Sul. Esses números ressaltam a importância de datas como o 5 de maio, Dia Mundial do Trânsito , propícias para o debate e a busca por soluções de forma coletiva.
Os países de baixa ou média renda per capita concentram 90% das mortes no trânsito, mas, ao mesmo tempo, somam 54% dos veículos. Então, mesmo não tendo uma das maiores frotas, o Brasil está entre os primeiros quando o assunto é vítimas de acidentes no trânsito. A taxa de mortalidade subiu de 18,7 para 23,4 pessoas a cada 100 mil habitantes entre 2003 e 2013, fazendo do trânsito nacional o quarto mais violento do mundo.
Mas nem todos os dados são negativos. Essa situação tem sido revertida em alguns locais, como em Curitiba, por exemplo. Desde 2011, quando os acidentes fizeram 310 vítimas, o número de mortes no trânsito da capital paranaense caiu 40% - no ano passado, foram registradas 184 mortes. Assim, Curitiba se aproxima da meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir 50% dos acidentes até 2020. Entre as justificativas para a mudança de comportamento em Curitiba está a implantação da área calma no centro da cidade, onde a velocidade máxima é de 40 km/h.
O trânsito, no entanto, também é formado por motoristas profissionais que conduzem veículos de carga ou pessoas em nome de empresas e companhias. Essas tem igual responsabilidade e podem contribuir com a redução dos índices de acidentes e mortes no trânsito por meio da gestão de frotas. Os ganhos são muitos: menor quantidade de sinistros, valorização da vida dos funcionários e economia financeira. Por meio da gestão de frotas, é possível ter mais controle sobre os serviços mecânicos e identificar problemas de segurança devido ao acompanhamento feito com os veículos.
Esse acompanhamento é feito com os motoristas e torna possível averiguar falhas e dessa forma, o que deve ser feito para evitar tais problemas. Mas, sem dúvidas, uma das principais ferramentas da gestão de frotas que contribui para a segurança das operações e, consequentemente, do trânsito, é a possibilidade de manter um histórico sobre os veículos. Assim, mesmo que o motorista não tenha utilizado aquele veículo antes, saberá informações como os tipos de manutenções feitas anteriormente.
É preciso reconhecer as estatísticas de mortalidade no trânsito e fazer com que isso se torne cada vez mais o foco de discussões. O incentivo ao debate e o investimento em tecnologias e processos que diminuam riscos devem ser sempre considerados prioridade em todos os setores, seja público ou privado.

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