Risco

Aves próximas a aeroporto já causaram três situações de risco

Casos foram levantados pelo Cenipa; mesmo com o lixo sendo levado para um aterro em Rosário, ainda é grande a presença de urubus no Aterro da Ribeira, nas proximidades do terminal de São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Aviões ainda correm risco por causa do lixo no Aterro da Ribeira (Avião)

Mesmo desativado, ainda é gran­de a presença de aves sobrevoan­do o Aterro da Ribeira, em São Luís, e, consequentemente, passando próximo ao aeroporto da capital, levando riscos para a aviação no local. Somente este ano, a presença de aves sobrevoando o espaço aéreo do terminal de passageiros já ocasionou três situações de risco.

Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). A mais grave ocorrência foi registrada no dia 20 de janeiro, fazen­do com que a decolagem de uma aeronave fosse abortada. O incidente aconteceu às 14h6, e a ave chocou-se com o para-brisa do avião. Como consequência, o voo não foi realizado no horário previsto.

As outras duas ocorrências foram registradas no dia 14 de janeiro (uma ave colidiu com uma aeronave na fase de decolagem) e no dia 31 de março (caracterizada como uma quase colisão, durante a fase de aproximação do avião na pista de decolagem). O incidente não causou efeito sobre o voo.

No ano passado, foram registrados 32 incidentes envolvendo aves e aeronaves no aeroporto de São Luís. Dessas ocorrências, 23 foram caracterizadas como colisões enquanto nove foram discriminadas como avistamentos.

Desativação
Desde o dia 25 de julho de 2015, data em que foi interditado definitivamente o Aterro da Ribeira, em São Luís, o lixo produzido na capital está sendo enviado ao Aterro Sanitário Titara, no município de Rosário.

Apesar disso, ainda há a presença de urubus na região do aterro, o que pode causar riscos à aviação. O aterro localiza-se cerca de seis quilômetros do Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado.

A interdição se deu em obediên­cia à decisão judicial da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, pronunciada em junho do ano passado, e era referente a um processo que se arrastava por anos.

Ainda em 2009, foi proferida pela Vara da Fazenda Pública decisão determinando a interdição definitiva do Aterro da Ribeira. Até então, a Vara de Interesses Difusos e Coletivos ainda não existia.

Números
3 ocorrências envolvendo aves e aeronaves registradas esse ano no aeroporto de São Luís
32 ocorrências registradas dessa natureza no ano passado

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