Repúdio

Sindicato emite nota contra manifestantes que tentaram agredir jornalistas em São Luís

Durante dois dias consecutivos, equipes de reportagens foram hostilizadas durante manifestação contra o reajuste das passagens de ônibus em São Luís

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
No primeiro dia, tumulto ocorreu dentro do Terminal de Integração da Praia Grande (protesto ônibus)

SÃO LUÍS - Durante dois dias consecutivos, equipes de reportagem relataram tentativas de agressões durante a cobertura dos protesto contra o reajuste das tarifas de ônibus de São Luís. O Sindicato de Jornalistas Profissionais de São Luís emitiu nesta quinta-feira (31) nota de repúdio contra a violência contra a categoria.

O primeiro caso ocorreu na segunda-feira (28). As equipes de reportagem de O Estado, da TV Mirante e da Rádio Mirante AM por pouco não foram agredidas. Os repórteres Thiago Bastos, Ádria Rodrigues e Alessandra Rodrigues, o fotógrafo De Jesus e o cinegrafista Luiz Alfredo estavam acompanhando a passeata desde a concentração, que começou por volta das 15h na Praça Deodoro.

Já por volta das 18h30, os manifestantes invadiram o Terminal de Integração da Praia Grande e foi no local que ocorreu o princípio de agressão, por parte de um pequeno grupo de pessoas. As equipes foram cercadas e, acuadas, resolveram deixar o local. O movimento estava sendo acompanhado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar.

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Ontem, mais um episódio ocorreu. Na ocasião, uma equipe da TV Guará foi hostilizada. De acordo com a repórter Annielle Pimentel, ela foi agredida verbalmente e até mesmo assediada. "Um grupo me cerco, passaram a mão e mim e disseram que iriam me pegar de jeito. Um deles chegou a querer tomar meu celular. Ainda bateram no meu cinegrafista. Saí correndo, pois a polícia fica distante", relatou.

Ela disse, ainda, que os próprios organizadores estimularam as agressões contra a equipe. "Um deles pegou o microfone e disse que a imprensa não era bem vinda e disse para um grupo nos expulsar, o que provocou o tumulto", lamentou.

Posicionamento

Diante dos ocorridos, o Sindicato de Jornalistas Profissionais de São Luís emitiu nota de repúdio em que afirma que os agressores deixaram claro o "total desconhecimento do verdadeiro papel dos comunicadores de levar à população informações isentas, sobre o movimento, contribuindo para sua repercussão e possível consolidação dos seus objetivos". A entidade destacou que é contra atitudes de intimidação através de ameaças.

Um grupo de jornalistas independentes também emitiram nota repudiando as agressões e exigindo apoio daSecretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão (SSPMA). "Solicitamos ainda que órgãos de segurança pública de nosso Estado tomem providencias no sentido de prevenir ações semelhantes e que atentem contra a integridade física de nossos colegas jornalistas, cinegrafistas e outros profissionais da imprensa"

Leia, na íntegra, a nota do sindicato

NOTA DE REPÚDIO

Manifestamos nosso repúdio à atitude de extremada violência de pseudo manifestantes, que durante movimento legítimo de reivindicação da redução das tarifas do transporte coletivo urbano, agrediram aos companheiros jornalistas e radialistas, que no desiderato de suas funções, nesta quarta-feira, faziam a cobertura do evento deixando claro total desconhecimento do verdadeiro papel dos comunicadores de levar à população informações isentas, sobre o movimento, contribuindo para sua repercussão e possível consolidação dos seus objetivos. Reconhecemos a legitimidade do exercício do direito de manifestação, mas somos contrário a atitudes de intimidação através de ameaças.

Leia, na íntegra, a nota independente de jornalistas

Nós, jornalistas abaixo subscritos (as) viemos manifestar aos demais colegas e a sociedade em geral nosso firme repúdio às agressões sofridas por jornalistas, cinegrafistas e outros profissionais da imprensa durante as manifestações contra o aumento no valor das passagens de ônibus coletivos de São Luís.

Consideramos ser legítimo o exercício do direito de manifestação do cidadão-usuário do transporte publico, em especial, dos estudantes e universitários de São Luís. Mas nos colocamos contra qualquer tipo de coerção, ameaça e intimidação aos profissionais da imprensa que cobrem as manifestações com o objetivo de informar o cidadão comum.

Solicitamos ainda que órgãos de segurança pública de nosso Estado tomem providencias no sentido de prevenir ações semelhantes e que atentem contra a integridade física de nossos colegas jornalistas, cinegrafistas e outros profissionais da imprensa.

São Luís, 31 de março de 2016

Jornalistas subscritos (as)
1 - Léa Veronica Martins
2 - Maurício Batista de Oliveira
3 - Sandra Viana
4 - Lideney Ribeiro
5 - Sanya Aquino
6 - Jully Camilo
7 - Eliene Pinheiro
8 - Ernesto Batista
9 - Gildean Farias
10 - Kátia Persovisan
11 - Valquiria Ferreira
12 - Geisa Batista
13 - Jane Sousa
14 - Annielle Pimentel
15 - Amanda Dutra
16 - Priscilla Swaze
17 - Leila Martins
18 - Wal Oliveira
19 - Gina Lisboa
20 - Paula Brito
21 - Giuliana Soares
22 - Ely Coelho
23 - Tiago Alex
24 - Andrea Palacio

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