Brasília - Os juros médios no cartão de crédito chegaram a 419,6% ao ano em fevereiro, o maior patamar desde outubro de 1995, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgado ontem. Já a taxa mensal atingiu 14,72%. Em janeiro, a taxa média cobrada era de 14,56% ao mês e de 410,97% ao ano.
A Anefac afirma que a alta tem relação com o aumento da inadimplência provocado por uma inflação mais elevada, desemprego crescente, impostos mais salgados e juros maiores nos empréstimos. Somados, esses fatores achatam a renda das famílias e fazem com que as instituições financeiras elevem os juros para compensar prováveis perdas com calote.
No cheque especial, os juros atingiram 11,16% ao mês (ou 255,94% ao ano), ainda no maior patamar desde julho de 1999.
Os juros médios para pessoa física chegaram a 7,77% em fevereiro (ou 145,76% ao ano), ante 7,67% ao mês (ou 142,74% ao ano) em janeiro. É a maior taxa desde fevereiro de 2005.
Pessoa jurídica
Os juros médios cobrados de empresas registraram alta em fevereiro, passando para 4,43% ao mês (ou 68,23% ao ano).
As três linhas de crédito analisadas viram seus juros subirem.
No capital de giro, os juros subiram de 2,59% ao mês em janeiro para 2,64% em fevereiro.
Já a taxa de desconto de duplicatas avançou para 3,04% ao mês. A conta garantida passou de 7,40% ao mês em janeiro para 7,60% ao mês em fevereiro.
Linha de crédito | Taxa anual | Maior taxa desde |
---|---|---|
Cartão de crédito | 419,60% | outubro de 1995 |
Cheque especial | 255,94% | julho de 1999 |
Empréstimo pessoal - financeiras | 157,47% | março de 2012 |
Juros comércio | 94,49% | maio de 2011 |
Empréstimo pessoal - bancos | 70,17% | agosto de 2011 |
CDC - bancos - financiamento de automóveis | 31,68% | julho de 2011 |
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.
+Economia