Abandonado

Farol da Educação é invadido à noite

Sem-teto utilizam o espaço como dormitório; ele também é ocupado por usuários de drogas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
Porta do andar superior do Farol da Educação do Renascença está aberta (Farol)

De espaço dedicado à aprendizagem para abrigo de moradores de rua. Essa é a situação do Farol da Educação José Sarney, localizado no bairro do Renascença, em São Luís. Desativado há vários anos, o espaço está servindo como dormitório para sem-teto e espaço para dependentes químicos fazerem uso de entorpecentes.

O espaço foi construído pelo Governo do Estado, em 1997 e constituía-se como um importante espaço de ensino e aprendizagem, principalmente para o público infanto-juvenil. Porém, o prédio não é mais frequentado por crianças e adolescente, mas por moradores de rua.

O imóvel tem dois andares e a parte de cima está sendo ocupada pelos invasores. Durante a noite, eles utilizam as grades do prédio e uma antiga placa com informações sobre uma reforma feita na unidade, para ter acesso à parte superior da unidade.

No interior do primeiro andar do Farol da Educação, os livros estão amontoados nas prateleiras, quan­do deveriam passar conhecimento aos estudantes. Cobertos de poeira, eles estão gradativamente sendo consumidos pela ação do tempo.

Fechados
Além do Renascença, a Região Metropolitana de São Luís mantinha Faróis da Educação em funcionamento nos bairros Anjo da Guarda, Bairro de Fátima, Cidade Operária, Filipinho, Vinhais, Maiobão e São José de Ribamar. O principal objetivo deles era estimular a leitura entre crianças, jovens e adultos. Mas atualmente todos estão fechados.

Esses espaços foram construídos com o intuito de servir como um ambiente de leitura e aprendizado, disponibilizado de forma gratuita para a comunidade. Mas atualmen­te a maioria deles está abandonada, e o conhecimento que poderiam passar para as pessoas está sendo desperdiçado, da mesma forma como está acontecendo com os diversos livros que estão se deteriorando nesses locais.

O Governo do Estado foi procurado para saber se está ciente da invasão do Farol da Educação do Renascença e quais ações podem ser feitas para revertê-la, mas até o fechamento desta página nenhuma resposta foi recebida.

SAIBA MAIS

Na edição do dia 15, O Estado mostrou que livros do Farol da Educação João Mohana, localizado no Bairro de Fátima, foram descartados como lixo e abandonados no terreno da antiga fabrica Oleama, no centro da cidade. Muitos dos livros do local estavam em bom estado de conservação e poderiam ser aproveitados.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.