Aterro

Cerca de 2 mil toneladas de lixo já foram enviadas a aterro em Rosário

Desde sábado, dia 25, resíduos domésticos recolhidos em São Luís não estão mais sendo descartados no Aterro da Ribeira, conforme decisão judicial

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

Faz poucos dias que a Prefeitura de São Luís interditou definitivamente o Aterro da Ribeira, na região do Distrito Industrial, e passou a enviar os resíduos sólidos para um aterro sanitário no município de Rosário. Em dois dias de operação do novo serviço de gerenciamento dos resíduos, já foram enviadas ao espaço cerca de 2 mil toneladas de lixo, segundo o consultor da São Luís Engenharia Ambiental, Márcio Vaz. Na Ribeira, ainda é intenso o movimento de caminhões e tratores que fazem a cobertura da área onde eram jogados os resíduos.

De acordo com Márcio Vaz, são apenas dois dias desde que se começou a transportar resíduos de São Luís até o aterro sanitário situado na localidade Buenos Aires, operado pela empresa Titara Central de Gerenciamento Ambiental. A previsão é de que pelo menos 26 mil toneladas sejam enviadas por mês. O município de Raposa já faz o transporte de resíduos para o aterro sanitário. Mensalmente, o município envia cerca de 400 toneladas.

No total, estão sendo realizadas 112 viagens dos caminhões contratados para o transporte do lixo, sendo 56 de ida e outras 56 de volta, em um período de 24 horas. São 14 carretas, com capacidade para carregar até 30 toneladas.

Quando chega ao aterro sanitário, o lixo produzido em São Luís já está compactado. Ele é despejado em células e vai sendo coberto rotineiramente. O fundo do aterro é impermeabilizado com argila compactada, geocomposto bentonítico, membrana de PEAD e uma nova camada de argila. Existe ainda um sistema de drenagem de chorume, que é implantado sobre a impermeabilização de fundo.

Aves - Diferente do Aterro de Rosário, que tem toda a estrutura para garantir o menor impacto ambiental, o Aterro da Ribeira não é controlado. Ele não tem impermeabilização de base, o que evitaria que o material contamine o solo e o lençol de água, nem sistema de tratamento do chorume ou do biogás. Outro problema provocado pelo aterro de São Luís foi a proliferação de aves na região, que é próxima ao aeroporto e aumenta os riscos de acidentes envolvendo aves e aeronaves.

Mesmo com o fechamento do aterro, no local, ainda está sendo feita a cobertura dos resíduos por meio de colocação de uma camada de argila. Nesse ponto do aterro, a presença principalmente de urubus ainda é grande. Enquanto as máquinas compactam e recobrem os resíduos ainda descobertos, as aves sobrevoam o local e fuçam o lixo.

Ainda de acordo com Márcio Vaz, o Aterro da Ribeira está sendo submetido a uma fase de manutenção e recuperação ambiental. Depois do recobrimento da área, devem ser executados serviços para evitar a erosão do morro formado pelo acúmulo de resíduos. Ainda é necessária a obtenção de licença ambiental para desativação do espaço (tratamento do chorume, biogás, etc).

Com esses procedimentos, a expectativa é de que as aves não se concentrem mais na região, garantindo mais segurança para a aviação. Mas, por enquanto, o risco ainda continua. Neste ano, foram registradas nove colisões e dois avistamentos de aves durante voos na área do Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, segundo informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáutico (Cenipa).

NÚMEROS
2 mil
toneladas de lixo, geradas em São Luís, enviadas para Rosário
26 mil
toneladas de resíduos devem ser enviadas ao aterro sanitário por mês
14 carretas
transportam os resíduos para o outro município
112 viagens
são realizadas em 24 horas

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